Em A Sutil Arte de Ligar o F*da-se, Mark Manson explica que nossa cultura de consumo e as mídias sociais nos fazem perseguir as coisas erradas na tentativa de alcançar a felicidade.
O livro Sutil Arte de Ligar o F*da-se foi feito para te ajudar a esclarecer o que você deve escolher como importante em sua vida e o que você deve escolher ignorar.
Muitas vezes não nos damos conta da frequência com que estamos nos importando com algo que não deveríamos nos importar.
Para te ajudar nisso, Manson te ensina a detectar quando você está dando importância demais a ideias que não deveriam importar, e como começar a olhar de verdade para as coisas que são realmente mais importantes em sua vida.
Manson começa contando a história do famoso autor americano Charles Bukowski.
Antes de se tornar famoso, Bukowski era um apostador alcoólatra que era frequentemente rejeitado pelos editores.
Foi só quando Bukowski completou 50 anos que um editor finalmente aceitou uma parte de seu trabalho.
O público e a mídia descreveram sua história como o sonho americano.
Mas Bukowski conhecia a realidade: ele ainda era um perdedor, pois ele não era um autor best-seller.
E ele estava bem quanto a isso.
Esta autoaceitação foi o que atraiu tantas pessoas para ele e seus livros.
Bukowski tem as palavras “Não tente” escritas em sua lápide.
Esta abordagem é totalmente diferente das expectativas da sociedade moderna sobre como podemos nos tornar mais felizes, mais ricos, mais saudáveis e mais bem sucedidos, que é simplesmente querendo isso.
Diferente da maioria, Manson acredita que esta abordagem significa que nunca seremos suficientes.
A sociedade quer que nos preocupemos com tudo o tempo todo, já Manson sugere que nos esforcemos apenas nos eventos mais importantes e imediatos de nossas vidas.
Para ele a verdadeira felicidade é se preocupar apenas com os assuntos essenciais.
“Não tente” é resumido pela Lei do Retorno, que foi introduzida pelo filósofo britânico Alan Watts.
A ideia é que quanto mais você procura se sentir melhor, menos satisfeito você se sente.
A busca constante por satisfação só reforçará a falta que você sente dela.
Manson reformula isto como:
– A busca da experiência positiva é em si, uma experiência negativa.
– E a aceitação da experiência negativa é em si, uma experiência positiva.
Resumindo, você pode criar experiências positivas tolerando as experiências negativas.
Manson também explica que não dar a mínima não significa ser indiferente; significa ser confortável com ser diferente.
Independente de você perceber ou não, está sempre escolhendo com o que se preocupar.
Os livros de autoajuda muitas vezes se concentram no objetivo da felicidade constante, mas Manson sugere que esta ideia é prejudicial.
De acordo com ele, quem acredita que a vida é uma felicidade constante lutará para contrariar suas emoções negativas.
E para contrariá-las, eles provavelmente encontrarão hábitos pouco saudáveis para lidar tais emoções negativas.
Fazer isso só puxará essas pessoas para mais fundo dentro do ciclo da infelicidade.
Manson explica que o propósito das emoções é nos fornecer feedback, nos dizendo que algo é bom ou ruim para nós.
Mas muitas pessoas se identificam demais com o que sentem e usam seus sentimentos como justificativas para tudo o que fazem.
Isso é errado, pois as emoções são apenas parte da vida, não sua totalidade.
Então em vez de agir assim, Manson aconselha você a tomar decisões sobre o que realmente importa com base em seus valores, não em suas emoções.
Tomar decisões com base apenas nas emoções, sem aplicar a razão, é o que as crianças fazem, e não funciona.
Manson recomenda que você aceite a realidade como ela é.
Assuma a responsabilidade por suas emoções e entenda que enfrentar suas emoções negativas é uma luta diária.
Os problemas nunca param; eles simplesmente mudam.
Não devemos ter como objetivo uma vida sem problemas, mas sim uma vida cheia de bons problemas.
Manson acredita que os livros de autoajuda e a sociedade moderna estão obcecados com a ideia de que todos nós somos únicos.
Esta ideia criou uma sociedade feita de pessoas que pensam ter o direito de que tudo deve dar certo para elas o tempo todo.
O direito de se sentir feliz sem fazer nenhum sacrifício.
As pessoas que pensam ter esse direito podem ser divididas em 2 grupos de pensamento:
– O narcisismo da grandiosidade, que é o mesmo dizer: Eu sou fantástico e o resto de vocês são inferiores, então eu mereço um tratamento especial.
– E o Narcisismo de vítima, que é o mesmo que dizer: Eu sou uma porcaria e o resto de vocês são todos incríveis, então eu mereço tratamento especial.
Estes 2 tipos de narcisismo acabam se comportando da mesma forma.
Ambos são iludidos sobre onde se encontram na hierarquia social e são completamente egocêntricos, achando que tudo deveria ser feito para beneficiá-los.
Manson argumenta que os problemas de muitas pessoas em lidar com a vida deriva da filosofia de bem-estar que começou a se espalhar por escolas, igrejas e palestras nas décadas de 1960 e 1970.
A prioridade passou a ser sentir-se bem consigo mesmo, em vez de tentar, fracassar, aprender e realizar.
Essa filosofia produziu pessoas fora da realidade que não conseguem lidar com desafios ou adversidades.
Manson afirma que você não é especial: suas experiências e problemas são compartilhados por milhões de outras pessoas.
Quando você acredita que é especial, sente-se no direito de se sentir bem e ter uma vida livre de problemas, o que atrapalha a escolha de valores construtivos.
Lori Gottlieb, autora de Talvez Você Deva Conversar com Alguém cita o exemplo de uma mulher com histórico de alcoolismo, provocado por um casamento abusivo, que é incapaz de se perdoar por seus erros passados.
Ela sente que estragou sua vida de uma maneira única e que seus erros são piores que os das outras pessoas.
Ela se tornou incapaz de se envolver em um novo relacionamento romântico e não enxerga que só conseguirá avançar nessa área de sua vida quando aceitar que as lutas dela são semelhantes às lutas de milhões de outras pessoas.
Os sentimentos de autoestima podem funcionar de 2 maneiras: eles podem prender as pessoas à dor porque elas acham que são especiais, ou podem prendê-las a sentimentos de superioridade que as impedem de ter relacionamentos significativos.
É somente quando uma pessoa reconhece que não é excepcional, seja no bom ou no mau sentido, que ela consegue seguir da maneira certa com sua vida.
Para Manson, o sucesso não é o resultado de uma alta autoestima, e sim de uma constante necessidade de melhorar.
Ao não aceitar a realidade, as pessoas não usam mais seus problemas como um trampolim para seu sucesso.
Em relação a felicidade, Manson acredita que juntamente com a vida, ela está relacionada com o método científico.
De acordo com ele, seus valores são hipóteses, suas ações são experimentos e os resultados são dados.
Devemos usar os resultados obtidos para tomar decisões inteligentes baseadas em dados concretos, em vez de medo, dúvida ou incerteza.
Mesmo não sendo recomendado usá-la para tomar decisões, a incerteza é um degrau fundamental na escada do sucesso, e não devemos temê-la, pois ela é o que nos permite aprender cada vez mais.
Ela também nos ajuda a entender que nossos valores são imperfeitos, nos protegendo contra as ideologias extremistas.
E é a incerteza que elimina o julgamento e os estereótipos que criamos de outras pessoas.
Para Manson, ao contrário do que a sociedade diz, a felicidade não é uma equação a ser resolvida ou uma conquista a ser alcançada.
Ele argumenta que ser infeliz e insatisfeito faz parte da vida, e é um contrapeso necessário à felicidade.
De acordo com ele, a felicidade não é simplesmente evitar a infelicidade.
Para Manson, ao contrário do que a sociedade diz, a felicidade não é uma equação a ser resolvida ou uma conquista a ser alcançada.
Ele argumenta que ser infeliz e insatisfeito faz parte da vida, e é um contrapeso necessário à felicidade.
De acordo com ele, a felicidade não é simplesmente evitar a infelicidade.
Manson explica que a felicidade vem de resolver problemas e desafios.
É uma ação ou atividade contínua porque há problemas constantes para resolver.
Cada problema que você resolve planta a semente de outro problema.
Quando você não entende como ser feliz, você se importa demais com as coisas erradas.
Você fica à procura da combinação perfeita do que ignorar para alcançar à felicidade permanente, quando tal combinação não existe.
Em A Hipótese da Felicidade, Jonathan Haidt argumenta que não podemos criar diretamente a felicidade para nós mesmos.
Em vez disso, devemos:
– Criar as condições certas para a felicidade.
Não podemos criar felicidade, mas podemos ter a certeza de que estamos em condições de ser felizes.
De acordo com Haidt, isso significa que você equilibrar os impulsos emocionais com a razão; evitando os impulsos que trazem uma felicidade passageira ao custo de danos duradouros e cedendo aos impulsos que trarão a satisfação a longo prazo.
– Ser pacientes.
Não podemos forçar a felicidade a todo custo.
Crie as condições para ela e a felicidade ela virá em seu próprio tempo.
Suas emoções estão profundamente relacionadas a seus valores, e os valores pelos quais você luta determinam quem você é.
Bons valores são vitais para sua felicidade, mas muitas vezes você acaba lutando pelos maus valores sem perceber.
A maioria das pessoas priorizam o prazer em suas vidas, mas tornar o prazer um valor não é nada saudável.
Manson explica que viciados em drogas e adúlteros são todos motivados por prazer como um valor.
Outro valor ruim que vale ser citado é o sucesso material.
Se utilizado como um valor, o sucesso material sempre fará com que nos comparemos a alguém mais rico do que nós, fomentando uma busca pela riqueza a qualquer custo.
Bons valores são baseados na realidade, alcançados internamente e socialmente construtivos.
Um grande exemplo de um bom valor é a honestidade.
Para apoiar seu ponto sobre valores, Manson oferece o exemplo do guitarrista Dave Mustaine.
Em 1983, ele foi expulso do Metallica pouco antes de sua grande chance de fazer sucesso.
Mustaine passou os 2 anos seguintes aperfeiçoando suas habilidades e então iniciou a banda Megadeth, que venderia mais de 25 milhões de discos.
Mas este sucesso não foi o suficiente.
Mustaine continuou a se comparar ao Metallica, que já venderam mais de 125 milhões de discos.
Isto significava que ele ainda estava infeliz.
Manson compara Mustaine a Pete Best.
Best também foi expulso de uma banda de renome mundial: Os Beatles.
Observar o sucesso dos Beatles deixou Best deprimido por um tempo.
Mas ele acabou muito mais feliz do que Mustaine porque chegou a uma simples conclusão: a música é mais importante do que o sucesso.
Observando essa comparação é possível perceber Mustaine tinha maus valores, enquanto Best tinha bons valores.
Embora os maus valores estejam ligados ao sofrimento, Manson acredita que uma certa quantidade de sofrimento é inevitável.
De acordo com ele, devemos nos estabelecer em um trabalho de que gostamos, ao ponto de que não nos importamos com os momentos diários de sofrimento, que são inevitáveis.
Manson dá um exemplo de sua própria vida e de como suas paixões o ajudaram a superar o sofrimento diário.
Manson gostava de escrever sobre relacionamentos e começou um blog com conselhos amorosos.
Ele teve dificuldades no início, e sofreu através do trabalho duro e do fracasso.
Mas seu prazer por trabalhar com aquilo superava esse sofrimento.
Manson manteve a consistência e seu blog acabou ganhando centenas de milhares de assinantes, se tornando seu trabalho em tempo integral.
Portanto, Manson recomenda decidir as coisas da vida de acordo com sua disposição para sofrer por elas.
Nem sempre podemos escolher o que acontece em nossas vidas ou o resultado de nossas decisões.
Mas temos controle total sobre como escolhemos responder emocionalmente a um problema ou uma falha.
Assumir a responsabilidade por nossas reações a circunstâncias negativas nos ajuda a lidar melhor com os problemas de nossas vidas.
Para Manson, uma pessoa que assume essa responsabilidade é uma pessoa bem sucedida.
Como exemplo da importância de assumir a responsabilidade, Manson fala sobre o psicólogo americano William James.
Em 1872, a vida de William James estava desmoronando, ele estava desempregado, sofria constantes espasmos nas costas e seu pai tinha vergonha dos fracassos de seu filho.
James considerou tirar sua própria vida.
Mas numa noite, James estava lendo palestras do filósofo Charles Peirce e decidiu realizar uma experiência.
Ele passaria um ano assumindo total responsabilidade por todas as coisas negativas que aconteceriam em sua vida.
Se após 12 meses sua vida não melhorasse, ele tiraria sua própria vida.
O experimento de James funcionou e ele chamou sua ênfase em assumir a responsabilidade de seu renascimento.
Nos anos seguintes, ele se tornou um psicólogo e filósofo altamente influente, sendo hoje reconhecido como um dos psicólogos mais famosos que já viveu.
A decisão de assumir a responsabilidade por seus problemas permitiu a James direcionar toda sua energia para melhorar sua vida.
E com a disseminação de seu aprendizado, ele melhorou a vida de milhões de outras pessoas.
Quando você assume a responsabilidade por um problema, você assume a responsabilidade de como esse problema faz você se sentir.
Manson nos encoraja a desafiar todas as nossas ideias já estabelecidas.
Duvidar de nós mesmos e de nossas ações nos ajuda a melhorar ao longo do tempo de forma consistente.
Nem sempre estamos certos quanto a todas as coisas.
Manson explica que as crenças da nossa sociedade 500 anos atrás estavam fundamentalmente erradas sobre várias coisas.
Por exemplo, as pessoas acreditavam que a Terra era plana e nem sequer sabiam que o Hemisfério Ocidental existia.
Da mesma forma, você pode lembrar de suas crenças e ideias de 10 ou 15 anos atrás e perceber que também estava errado sobre várias coisas.
A lição a se aprender com isso é que algumas das coisas que você considera verdade neste momento provavelmente estarão erradas e até poderão ser consideradas ridículas daqui a 20 ou 30 anos.
Quanto mais vezes questionarmos nossas decisões, menos difícil será perceber que cometemos um erro.
Se adotarmos esta abordagem, também mudaremos nossos comportamentos mais facilmente com base nestas autorreflexões.
Manson também cria sua própria lei de comportamento.
De acordo com ele, quanto mais algo ameaça sua identidade, mais você a evitará.
Então é importante reduzir nosso senso de identidade e ego.
Devemos nos identificar da maneira mais vaga e ambígua possível.
Então, para começar a se identificar de forma mais vaga, você deve começar a se fazer estas 3 perguntas:
– E se eu estiver errado?
– O que significaria se eu estivesse errado?
– Estar errado criaria um problema melhor ou pior do que meu problema atual, tanto para mim como para os outros?
Manson acredita que o fracasso é uma parte extremamente importante da vida.
Tornar-se um especialista em qualquer coisa requer milhares de fracassos.
Essas falhas ajudam você a refinar sua abordagem através da melhoria contínua.
É por isso que o medo do fracasso leva à estagnação.
Em vez de nos preocuparmos quando falhamos, deveríamos tentar novamente até ter sucesso, para assim aprendermos com os erros das tentativas anteriores.
As pessoas muitas vezes veem o fracasso como um sinal de que devem parar de fazer alguma coisa.
Manson desafia esta visão e sugere que isso deveria ser um sinal para continuar tentando.
Devemos aprender a perseverar mesmo sofrendo com a dor do fracasso.
A definição de felicidade de Manson envolve lutar para resolver problemas.
A pergunta que ele faz é: Pelo que você está disposto a lutar?
Que dor você está disposto a suportar para conseguir o que deseja?
As respostas a essas perguntas determinam como nossas vidas se desenrolam.
A dor nos diz em que prestar atenção.
A partir dela, aprendemos o que fazer diferente no futuro.
Portanto, quando lutamos por uma vida livre de problemas e de dor, não aprendemos com nosso sofrimento.
Você não pode ter uma vida indolor.
Em vez disso, você deve escolher que tipo de dor ou luta é significativa para você.
Para defender verdadeiramente uma coisa, é preciso rejeitar outra primeiro.
Estar aberto para tudo o que lhe é apresentado significa apenas que você se dispersou demais.
De acordo com Manson, você não pode realmente desfrutar de algo se não rejeitar as outras alternativas.
É mais prazeroso escolher um único objetivo e comprometer-se a melhorar a si mesmo para atingi-lo.
Ao falar sobre o amor, Manson explica que o amor romântico pode ser doentio ou saudável.
O amor doentio acontece quando cada parceiro usa o relacionamento para fugir de seus problemas.
Mas ninguém pode mascarar os problemas pessoais para sempre, e essa máscara, assim como a paixão, uma hora chega ao fim.
Do lado oposto, o amor saudável existe quando ambos os parceiros investem totalmente no relacionamento.
Em vez de usá-lo como uma distração, eles estão dedicados a fazer o relacionamento funcionar.
Para isso acontecer, este desejo de manter o relacionamento deve ser recíproco.
Se um dos parceiros procura dominar o outro, o amor começa a se tornar doentio.
Como humanos, naturalmente tememos a morte e tomamos decisões em torno deste medo.
Desejamos ser lembrados pela eternidade, embora a gente saiba que nossos corpos físicos não serão eternos.
Estamos continuamente nos esforçando para deixar uma memória imortal e duradoura de nós mesmos.
É somente quando confrontamos essa realidade, de que não estaremos mais aqui fisicamente no futuro, que podemos compreender plenamente quais coisas deveríamos estar dando importância em nossas vidas.
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