Biografia de Ayrton Senna: Sede de Vencer

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“Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.”

Essa frase é de um dos maiores ícones brasileiros, Ayrton Senna, tema do nosso vídeo de hoje.

Já se passaram mais de 25 anos da morte de Ayrton Senna, mas ele continua sendo inspiração para pessoas de todas as áreas em todo o mundo.

O piloto alemão Sebastian Vettel homenageou Senna quando venceu seu terceiro campeonato mundial consecutivo de Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil em novembro de 2012, fazendo dele o piloto mais jovem a alcançar esse feito na história da Fórmula 1.

Mas quem realmente foi Ayrton Senna?

Em sua carreira encerrada trágica e precocemente, o piloto brasileiro conquistou três campeonatos mundiais de Fórmula 1, e foi amplamente considerado por seus colegas como um dos melhores do esporte devido a suas excelentes atuações e vitórias.

Mas acima de suas realizações, ele também foi considerado uma inspiração fora da pista.

De fato, Frank Williams, fundador da equipe Williams de Fórmula 1, o descreveu como um homem ainda maior fora das pistas.

O começo de tudo.

Ayrton Senna da Silva nasceu em São Paulo, em 21 de março de 1960.

Ele foi o segundo de três filhos de uma família rica.

Seu pai Milton era empresário.

Desde muito novo, Ayrton Senna desenvolveu um interesse por corridas de carro, incentivado pelo seu pai, que lhe deu um kart aos 4 anos de idade.

Com menos de 10 anos, o jovem Senna já dirigia um jipe pela fazenda de sua família.

Aos 13 anos, ele começou a competir em provas oficiais de kart, já se mostrando um piloto mais desenvolvido que os demais jovens com quem competia.

Durante sua temporada inicial, em 1973, Ayrton Senna teve uma grande sequência de vitórias e começou a ganhar destaque como um prodígio do automobilismo nacional.

4 anos se passaram e Senna, então com 17 anos, se tornou Campeão Sul-Americano de Kart, repetindo o feito 3 anos depois, em 1980.

Um dos títulos que Ayrton Senna não conseguiu foi o de Campeão Mundial de Kart.

Ele ficou em segundo em 2 ocasiões, em 1979 e 1980.

Mesmo assim, foi no campeonato mundial de 1979 que ele lançou uma de suas marcas registradas, o capacete amarelo com listras verde e azul para homenagear o Brasil.

Mas Senna nunca ficava satisfeito no segundo lugar.

Sua mente era a de um vencedor, e o que ele buscava era somente a vitória.

Uma outra frase dele, bem polêmica, é que “O importante é ganhar. Tudo e sempre. Essa história de que o importante é competir não passa de pura demagogia.”

Em 1981 Ayrton Senna se mudou para a Inglaterra e competiu na Fómula Ford, vencendo 12 das 20 corridas da temporada.

Porém, apesar de seu sucesso como piloto na Inglaterra, ele não conseguiu novos patrocinadores e sua família não estava apoiando totalmente sua vida nas pistas, o que o fez retornar ao Brasil e abandonar o automobilismo.

Durante um tempo, Senna administrou uma loja de material de construção em São Paulo.

Mas ele não estava satisfeito.

Como o próprio Ayrton Senna disse:

“Existem durante nossa vida, sempre dois caminhos a seguir: aquele que todo mundo segue, e aquele que a nossa imaginação nos leva a seguir.

O primeiro pode ser mais seguro,o mais confiável, o menos critíco, o que você encontrará mais amigos…mas, você será apenas mais um a caminhar.

O segundo, com certeza vai ser o mais difícil, mais solitário, o que você terá maiores críticas; mas também, o mais criativo, o mais original possível.

Não importa o que você seja, quem você seja, ou que deseja na vida, a ousadia em ser diferente reflete na sua personalidade, no seu caráter, naquilo que você é.

E é assim que as pessoas lembrarão de você um dia.”

Então ele decidiu seguir o segundo caminho e, em fevereiro de 1982 ele conseguiu retornar para a Inglaterra e foi campeão europeu e britânico de Fórmula Ford 2000, com impressionantes 22 vitórias em 27 corridas.

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Em 1983 Senna foi para a Fórmula 3 inglesa e, novamente, venceu o campeonato, com 13 vitórias em 21 corridas, sendo 9 delas consecutivas.

Sua temporada foi tão impressionante e ele venceu tantas vezes no tradicional circuito de Silverstone, que a imprensa inglesa chegou a chamar a pista de Silvastone, em homenagem à Ayrton.

Nesse momento, ficou claro que era hora do jovem piloto, então com 23 anos, passar para a Fórmula 1.

Em 1983 Ayrton Senna fez seus primeiros testes com um carro de Fórmula 1.

Com a Williams, ele bateu o recorde do circuito de Donington Park.

Com a McLaren, ele impressionou o chefe da equipe Ron Dennis e, com a Toleman, ele foi mais rápido que o piloto titular da equipe no circuito de Silverstone, tanto na pista seca como na pista molhada.

Apesar de seu desempenho promissor nos testes, Frank Williams e Ron Dennis não quiseram arriscar e não contrataram o jovem piloto.

Na época, a Brabham, em que corria o também brasileiro Nelson Picquet também tinha interesse em Ayrton Senna, mas por decisão interna, também não foi contratado pela equipe.

Então, Senna foi para a Toleman, para disputar seu primeiro campeonato de Fórmula 1 no ano de 1984.

Uma das frases famosas que marcam a personalidade de Ayrton Senna é:

“Eu não tenho ídolos. Tenho admiração por trabalho, dedicação e competência.”

E foi com essa mentalidade que ele deu início a sua carreira na Fórmula 1.

Seu ponto alto na temporada inicial ocorreu no Grande Prêmio de Mônaco.

Ele se classificou na décima terceira posição, e fez uma série de ultrapassagens logo no começo da prova pelas ruas estreitas de Monte Carlo.

Na volta 19, ele já estava em segundo, após ultrapassar Niki Lauda, e ele começou a ameaçar a primeira posição de Alain Prost.

Chovia muito naquele momento, e a direção da prova interrompeu a corrida na volta 31, alegando razões de segurança.

Senna chegou até a ultrapassar Prost na volta 31 a poucos metros da linha de chegada, mas o regulamento considerava as colocações da volta anterior, então Ayrton Senna ficou oficialmente na segunda posição nessa prova, que foi seu primeiro pódio na Fórmula 1.

Seu desempenho impressionou a todos, até porque a Toleman estava longe de ser um dos melhores carros da Fórmula 1 naquela época.

Outra frase famosa de Senna e que resume bem o que aconteceu nessa corrida em Mônaco é:

“Não sei dirigir de outra maneira que não seja arriscada. Quando tiver de ultrapassar vou ultrapassar mesmo. Cada piloto tem o seu limite. O meu é um pouco acima do dos outros.”

No ano seguinte Ayrton foi para a equipe Lotus, onde ficou por 3 anos, até 1987.

Sua primeira vitória na Fórmula 1 foi conquistada por essa equipe, no autódromo de Estoril, em 21 de abril de 1985.

Em sua temporada inicial na Lótus ele terminou o campeonato em quarto lugar, com 2 vitórias e 6 pódios.

Ele também foi eleito o melhor e mais popular piloto Fórmula 1 de acordo com a revista Autosprint.

Além disso, Ayrton Senna se consolidava como um dos melhores pilotos nos treinos de classificação, conseguindo o total de 7 pole positions no ano de 1985.

Nos anos seguintes ele continuou tendo destaque e vencendo corridas, e o interesse da poderosa equipe McLaren pelo brasileiro aumentava.

Senna previu que, quando se juntasse à McLaren, finalmente seria capaz de conquistar o título de campeão da Fórmula 1.

Isso foi importante para ele, porque aos 27 anos ele não era mais um jovem piloto novato e sentiu que, a essa altura de sua carreira, ele já deveria ter um campeonato em seu nome.

Então Ayrton Senna assinou um contrato de três anos com a McLaren, que iniciaria a fase de maior sucesso de sua carreira.

Em 1988 Ayrton foi companheiro de equipe de Alain Prost, um de seus maiores rivais.

A supremacia da Mclaren nessa ano foi tanta que a dupla de pilotos venceu 15 das 16 corridas do campeonato, sendo 8 vitórias de Ayrton Senna e 7 vitórias de Alain Prost.

O ano de 1988 marcou o primeiro título mundial de Ayrton Senna na Fórmula 1.

No ano de 1989 Alain Prost se tornou tricampeão de Fórmula 1, após uma controversa decisão de desqualificar Ayrton Senna do GP do Japão.

Para manter as chances no campeonato, Senna precisaria vencer a prova, que era a penúltima da temporada.

Ao tentar ultrapassar Prost na chicane, os 2 carros tocaram pneus e foram para fora da pista.

Senna ainda conseguiu retornar à corrida e venceu, mas foi desclassificado por cortar a chicane após a batida com Prost.

Alguns anos mais tarde, já após a morte de Ayrton Senna, Jean-Marie Balestre que era presidente da Federação Internacional de Automobilismo na época admitiu que beneficiou o compatriota Alain Prost em sua decisão.

Em 1990 Prost foi para a equipe Ferrari, maior concorrente da McLaren na época.

No GP do Japão, novamente Senna e Prost disputavam o título, agora por equipes diferentes.

Ayrton Senna largou em primeiro, mas foi ultrapassado na largada por Alain Prost.

Porém, logo na primeira curva Senna tocou a roda traseira de seu carro na Ferrari de Prost, o que tirou os 2 pilotos da pista.

Só que dessa vez, Senna saiu com o título, conquistando o bicampeonato mundial de Fórmula 1.

Até 1991, Ayrton Senna nunca havia ganho uma corrida de Fórmula 1 no Brasil.

Mas nesse ano, isso mudou, e ele, que perdeu uma série de marchas no fim da corrida, ainda foi o vencedor da prova em Interlagos, para delírio do público.

Esse também foi o ano de seu tricampeonato na Fórmula 1.

Na penúltima prova da temporada, o Grande Prêmio do Japão, Senna protagonizou uma cena rara no cenário do automobilismo competitivo.

Nigel Mansell, que disputava o título com o brasileiro, acabou abandonando a prova logo no início, garantindo matematicamente o título de Senna.

Então na última curva da corrida, Ayrton Senna diminuiu a velocidade e permitiu que seu companheiro de equipe e amigo Gerhard Berger vencesse a prova, como um gesto de gratidão pelo apoio de Berger ao longo de toda a temporada.

Depois de voltar ao Brasil após o tricampeonato, Senna foi recebido com festa no país.

Para começar, o avião em que chegava foi acompanhado por caças da força aérea brasileira.

Além disso, ele também recebeu a chave simbólica da cidade de São Paulo da então prefeita Luiza Erundina, e desfilou em carro aberto pelas ruas da cidade.

Depois disso, Senna disse:

“Para ser honesto, não me sinto o maior ídolo brasileiro. Não me sinto uma pessoa tão importante assim para merecer uma festa durante uma noite toda no Brasil.”

O ano de 1992 não foi dos melhores em termos esportivos para Senna.

A Williams se consolidou como a equipe com o melhor carro e Senna terminou a temporada de 92 com a quarta posição no campeonato.

Na temporada seguinte Senna não tinha certeza se continuaria na Fórmula 1.

Seu carro não era mais tão competitivo como antes e seu rival Alain Prost estava na Williams, o que impossibilitava sua ida para a equipe.

Nesse cenário, ele chegou inclusive a fazer testes na Fórmula Indy, pela equipe Penske.

Na época, o também brasileiro Emerson Fittipaldi era piloto da Penske, e também participou dos testes.

Senna, mesmo sendo piloto de outra categoria, cravou tempos mais rápido que Fittipaldi.

Mas ele se manteve na Fórmula 1 e na McLaren, e acabou fazendo corridas fantásticas no ano de 1993.

Ele venceu 5 provas, inclusive o Grande Prêmio do Brasil e também de Mônaco.

Mas a prova que foi mais marcante foi o GP da Europa, no circuito de Donington Park, considerada uma das maiores vitórias de Senna em sua carreira.

Ele largou em quarto e, no dia da corrida estava chovendo.

E Senna era um excelente piloto na chuva.

Logo na largada ele caiu para quinta posição, mas depois disso, o que se viu foi uma verdadeira obra prima do brasileiro, e no fim da primeira volta, ele já era o líder da corrida.

O famoso narrador Galvão Bueno disse:

“Não tive dúvida nenhuma de que estava vendo algo histórico, porque tive uma corrida inteira para raciocinar sobre isso.

Só Ayrton Senna seria capaz de uma primeira volta, a mais fantástica que um piloto fez na história, e de uma vitória assim naquela circunstância.

Eu disse ao engenheiro dele no fim da corrida “definitivamente, desse planeta ele não é”.

E o cara falou: “disso eu nunca tive dúvida!””

Ele terminou essa temporada na segunda colocação, atrás de Alain Prost, que tinha o melhor carro daquele ano.

Senna não desistia, e sempre lutava para fazer o seu melhor.

De acordo com ele:

“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.”

No ano seguinte, 1994, Senna finalmente conseguiu uma vaga na Williams, algo que já havia tentado antes.

Prost acabou se aposentando como tetracampeão após vencer a temporada anterior.

Mas logo na pré-temporada Senna percebeu que o carro era rápido, mas difícil de dirigir.

A Federação Internacional de Automobilismo havia feito algumas alterações para tornar o carro menos eletrônico, e a Williams, nesse cenário, não se mostrou um carro equilibrado.

Nas 2 primeiras corridas da temporada, vencidas pelo então jovem piloto Michael Schumacher, Ayrton Senna teve que abandonar por batidas.

E na terceira corrida, o GP de San Marino, em Ímola, logo nas primeiras voltas ele acabou perdendo o controle do carro por uma barra de direção quebrada e seguiu reto na curva Tamburello, se chocando forte contra o muro.

O acidente acabou levando à morte de Ayrton Senna.

Ainda hoje, ele é considerado um dos maiores pilotos de todos os tempos.

Espero que esse vídeo da história de vida de Ayrton Senna tenha sido capaz de te inspirar e te ensinado lições valiosas que você pode aplicar à sua vida.

Para finalizar, mais uma grande lição que Ayrton Senna nos deixou:

“Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si.”

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Abraço e até o próximo vídeo.

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