Em meados do século XX, havia uma marca icônica no atletismo, que era a barreira dos 4 minutos na milha.
Em 1945, Gunder Hagg, da Suécia, correu a milha em 4 minutos e 1,4 segundos, estabelecendo o recorde mundial da distância.
Os melhores atletas do mundo na época passavam perto, mas não conseguiam correr as 4 voltas numa pista oficial de atletismo abaixo desse tempo.
Para você ter uma ideia de como isso é rápido, a velocidade média para correr uma milha em menos de 4 minutos é de mais de 24 quilômetros por hora.
Se você tiver boas condições físicas, pode até tentar colocar essa velocidade na esteira para ver o quão rápido isso é.
Mas atenção, cuidado para não se lesionar.
Muitos jovens saudáveis sequer conseguem atingir essa velocidade.
Aqui é o André do Você Top e nesse vídeo você verá como algumas pessoas parecem alcançar o impossível, e uma estratégia para você quebrar as próprias barreiras que o impedem de alcançar grandes objetivos na vida.
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No início dos anos 50, apesar de algumas pessoas acharem iatletismo historiampossível quebrar essa barreira, alguns atletas se dedicavam ao máximo para ser o primeiro a correr a milha em menos de 4 minutos.
Um deles era o inglês Roger Bannister, que sempre treinou de forma diferente de seus competidores.
De acordo com os registros, em 1947 ele conseguiu correr a ótima marca de 4:24,6 com apenas 3 treinos por semana de 30 minutos cada um.
Quem entende um pouco mais sobre corrida sabe que esse é um resultado fantástico.
Em 1950 Bannister não teve uma boa temporada, e resolveu treinar de forma mais séria e dedicada.
Seus treinos seguiam uma periodização em bloco, com várias sessões de treinos intervalados, que talvez você conheça como hiit, que é a sigla para high intensity interval training, ou treinamento intervalado de alta intensidade.
Em 1952 Bannister foi para as olimpíadas de Helsinque, na Finlândia, e foi o quarto colocado nos 1500 metros, distância um pouco menor que a milha.
Ele realmente queria ter ganho uma medalha, e quase desistiu de correr.
Mas depois de 2 meses, decidiu que continuaria treinando com o objetivo de ser o primeiro homem a correr uma milha em menos de 4 minutos.
Ao mesmo tempo que tornava seus treinos intervalados cada vez mais duros, ele também cursava a faculdade de medicina.
Em 1953 tanto Bannister, como o americano Wes Santee e o australiano John Landy correram milhas na casa dos 4 minutos e 2 segundos.
Todos esses atletas estavam empenhados em ser o primeiro ser humano a correr a milha em menos de 4 minutos.
Mas foi Roger Bannister, em 6 de maio de 1954, que quebrou essa marca, correndo a milha em 3 minutos 59,4 segundos.
Logo depois que ele quebrou essa barreira, muitos outros corredores também correram a milha abaixo de 4 minutos, inclusive quebrando o recorde de Bannister.
Mas porque logo depois que Bannister quebrou essa “barreira psicológica”, muitos outros atletas foram capazes de também correr a milha abaixo de 4 minutos?
Bannister tinha um objetivo claramente definido, era um homem em uma missão, e tinha convicção de que era capaz de realizar isso.
Quando você vive nesse estado de certeza de que é capaz de alcançar o que quer desde que se dedique ao máximo, seu corpo e sua mente acabam também agindo em direção ao seu objetivo.
Você acaba prestando atenção a coisas que o ajudam a alcançar seu objetivo, coisas que você não teria notado de outra forma.
E assim, coisas que são consideradas como impossíveis por muita gente podem se tornar reais.
Depois que alguém já realizou aquele feito, é mais fácil de atingi-lo porque já se sabe que alguém foi capaz de fazê-lo.
Atualmente, em 2020, mais de 1500 atletas já correram a milha abaixo de 4 minutos.
Para muitos corredores amadores que buscam desempenho, há algumas barreiras que são tidas como marcos de desempenho, como os 10 quilômetros abaixo de 40 minutos ou a maratona abaixo de 3 horas.
No ciclismo, uma marca igualmente desafiadora para um amador que busca desempenho é percorrer 40 quilômetros em menos de 1 hora.
Mas independente se você busca evoluir em algum esporte ou em algum outro aspecto em sua vida, sempre existirão barreiras a serem superadas.
Se você persegue um objetivo com afinco há muito tempo mas mesmo assim não consegue quebrar as barreiras para alcançá-lo, o que você pode fazer?
Nesse caso, a chave pode estar em ser extremamente atento aos detalhes, buscando os chamados ganhos marginais, se tornando obcecado com as pequenas coisas que você pode fazer para otimizar cada etapa e cada pequeno ponto do que você busca alcançar.
Para exemplificar esse ponto, vou te contar uma história.
Sir David Brailsford, diretor geral da equipe britânica de ciclismo Ineos, que era chamada de Team Sky, fez exatamente isso.
Para encurtar a história, nenhum ciclista britânico jamais havia vencido o Tour de France, a competição de ciclismo de maior prestígio no mundo.
Em mais de 100 edições da prova, nenhuma vitória britânica.
Brailsford disse que venceria com a equipe em cinco anos.
As pessoas diziam que ele era louco e que isso era impossível.
Mas ele e sua equipe trabalharam incansavelmente nos detalhes, redesenhando os selins da bicicleta, esfregando álcool nos pneus para uma melhor aderência, fazendo os ciclistas usarem roupas aquecidas eletricamente para manter a temperatura muscular ideal durante as provas, usando sensores de biofeedback para monitorar como cada atleta respondia a um treino específico, fazendo inúmeros testes em túneis de vento para tornar não só a bicicleta, mas também as roupas mais aerodinâmicas.
Eles também testaram diferentes tipos de géis de massagem para identificar qual era mais eficaz para recuperação muscular, contrataram um cirurgião para ensinar a cada ciclista a melhor maneira de lavar as mãos para reduzir as chances de ficarem resfriado e determinaram o tipo de travesseiro e colchão que otimizava o sono de ciclista.
Por menor que fosse a melhora de desempenho em algum aspecto, eles a buscavam até alcançá-la, pois na soma de todos esses fatores, a diferença poderia levar a uma vitória em provas tão concorridas como o Tour de France.
E a equipe de Brailsford conseguiu a tão sonhada primeira vitória britânica na prova, e não em 5 anos, mas sim em apenas 2.
Em 2012 o ciclista Bradley Wiggins se tornou campeão do Tour de France.
Depois dele, Chris Froome venceu a prova 4 vezes e Geraint Thomas venceu uma vez também.
Todos ciclistas britânicos competindo na equipe de Brailsford.
De acordo com o jornalista britânico e atleta olímpico Matthew Syed:
“Todo erro, toda falha, por menor que seja, é um ganho marginal disfarçado. Esta informação é considerada não como uma ameaça, mas como uma oportunidade.”
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Um abraço e até a próxima!