A mentalidade do “E Se” está relacionada ao fato de muitas pessoas dizerem que nós não somos capazes de fazer algo.
Você não pode fazer, você é muito pequeno, você tem uma certa aparência, você não é esperto o suficiente.
David Goggins ouvia isso o tempo todo.
Ele pesava 135 quilos e tinha o objetivo de se tornar um Seal da marinha dos Estados Unidos.
Diziam que era um objetivo impossível.
E todo recrutador dos Seals disse isso para Goggins.
Os recrutadores diziam:
“Não tem jeito cara, você pesa mais de 130 quilos, e você precisa perder muito peso muito rápido. Você não pode fazer isso”.
Mesmo assim, Goggins perguntou a si mesmo:
“Mas e se eu pudesse?”
“E se eu pudesse realizar esse milagre, como eu me sentiria no final de tudo se eu pudesse desafiar as probabilidades?”
Naquela época só existiam 35 afro-americanos que se tornaram Seals da marinha americana.
E o recrutador que acabou aceitando que Goggins participasse do treinamento a princípio disse para ele: “Você não tem o que é preciso”.
Mas Goggins respondeu: “Mas e se eu tivesse o que precisa para ser o trigésimo sexto?”
A ideia de Goggins com essa resposta era tirar toda a negatividade da pergunta do recrutador, que não imaginava que Goggins seria capaz de passar pelos rigores de um treinamento tão duro física e mentalmente.
De acordo com o próprio Goggins os recrutadores não imaginavam que eles próprios seriam capazes de passarem pelo treinamento se estivessem na condição de de Goggins, e isso acaba refletindo como um espelho.
Se as pessoas não acreditam que são capazes de fazer alguma coisa muito difícil, elas acabam levando essa mesma mentalidade para outras pessoas.
O que Goggins fez ao dar essa resposta ao recrutador foi descartar essa ideia do pensamento dele, com a simples pergunta “e se eu pudesse?”
Então o que David Goggins fez foi usar toda a negatividade do recrutador como positividade e combustível para fazer o que fosse preciso para se qualificar ao treinamento.
O que motiva Goggins hoje é ser o melhor que ele pode ser, e essa é uma jornada sem fim, que faz com que muita gente o chame de obcecado.
Para ele tudo bem, ele mesmo afirma que provavelmente é uma pessoa obcecada.
Mas se ele tivesse desistido nesse começo, ele talvez ainda estaria exterminando baratas e levando uma vida medíocre até hoje.
E muita gente passa pela vida sem se dar conta de que está simplesmente vagando pelo planeta terra, realizando apenas uma fração do que seria capaz de fazer.
Se David Goggins não tivesse se esforçado para realmente mudar, é bem provável que sua vida não teria mudado muito em 20 anos.
Ele não seria algo nem perto do que é hoje e não teria feito tantas coisas extraordinárias como fez e ainda deve fazer se tivesse escolhido o caminho mais fácil, que é o caminho de menor resistência, sempre na zona de conforto.
A verdade é que o jovem Goggins de 135 quilos nunca saberia que seria capaz de passar pelos rigores dos treinamentos mais difíceis do mundo, se tornar um membro da elite das forças especiais americanas e quebrar uma série de recordes e barreiras físicas e mentais se não tivesse saído de sua zona de conforto.
Ele abriu sua mente para um mundo completamente novo que a maioria das pessoas nem consegue entender porque não se desafiou e não saiu de sua própria zona de conforto.
A zona de conforto nos torna “suaves” demais, não nos desafiamos e não atingimos nosso verdadeiro potencial.
Até por isso Goggins nunca se acomoda.
Os desafios devem ser diários e você deve se colocar fora de sua zona de conforto diariamente, ou estará apenas sedimentando o caminho para uma vida medíocre, sem se desenvolver como poderia.
Enquanto as pessoas consideram Goggins como “louco” por fazer as coisas que faz, ele considera as pessoas “normais” como loucas por nunca nem mesmo tentarem explorar todo seu potencial.
O que o faz acordar todos os dias e fazer o que for preciso é a vontade de encontrar cada vez mais nele mesmo.