Se você está curioso em saber como Flávio Augusto conseguiu multiplicar sua fortuna, assista esse vídeo até o final.
Aqui é o André do Você Top e esse é o quarto episódio da série Flávio Augusto, baseado no livro Ponto de Inflexão.
Se você não assistiu os episódios anteriores, vá para a playlist Flávio Augusto aqui do canal.
Vamos voltar agora ao ano de 2008.
Flávio recebe um ligação de Carlos Wizard, o dono da rede de escolas de inglês Wizard, a maior concorrente da Wise Up.
Eles marcam uma reunião na semana seguinte, na sede da Wise Up em Curitiba.
Depois de breves cordialidades, Carlos Wizard vai direto ao ponto e começa a falar sobre equity, que basicamente representa o valor de mercado da empresa.
O que Carlos Wizard queria era ver se Flávio Augusto estava aberto a ouvir uma proposta a respeito de uma possível venda da Wise Up.
Flávio se mostrou disposto a ouvir, e foi marcada uma reunião entre ele e Charles, filho de Carlos.
Nessa nova reunião, Charles disse a ele que um banco estava fechando uma sociedade com a família Wizard e que eles gostaria de fazer uma oferta para comprar a Wise Up e que, dependendo dos resultados, o valor poderia chegar a 200 milhões de reais.
Flávio foi curto e direto, e disse:
“Carlão, a Wise Up não está à venda.”
Mesmo após a negativa dele, ambos assinaram um contrato de confidencialidade para Charles conhecer os números da Wise Up.
E a proposta de Charles após a análise dos números foi de 200 milhões de reais à vista.
Lembrando que com a taxa básica de juros da época em torno de 12%, isso significava que era possível de conseguir cerca de 24 milhões de reais ao ano, praticamente sem risco.
Durante o período em que refletia até tomar sua decisão final, estourou a crise de 2008 nos Estados Unidos, e bolsas de valores de todo o mundo enfrentaram um período de baixa.
Nessa época, Flávio tinha em recursos líquidos como pessoa física cerca de 15 milhões de reais.
E esse dinheiro estava investido de forma alavancada na bolsa de valores, de modo que se os ativos que tinha subissem, ele ganharia muito, e se os ativos perdessem valor, ele perderia muito.
Como Flávio Augusto gosta de dizer, estabilidade não existe e, com o estouro da crise de 2008, ele acabou perdendo 80% do que tinha.
Ele conversou seriamente com Luciana, sua esposa, para decidirem qual rumo tomar.
Eles estavam num resort em Porto de Galinhas, descansando e debatendo sobre a decisão final.
Ambos decidiram que não era o momento para vender a Wise Up.
Então um mês depois da primeira reunião com Charles, eles se encontraram novamente e Flávio Augusto disse não aos 200 milhões de reais.
Nos anos seguintes, as propostas para compra da Wise Up continuaram, em valores cada vez maiores.
A operação da Wise Up também estava cada vez melhor, e a empresa crescia impressionantes 50% ao ano.
Flávio quase vendeu 30% da empresa para um fundo americano por 210 milhões de reais e ainda se manter no controle da Wise Up.
Ele até chegou a fazer uma apresentação em inglês para os investidores do fundo.
Mas por alguns pontos, decidiu não fechar negócio.
Em 2012, Charles Wizard novamente veio com uma nova proposta, dessa vez de 990 milhões de reais à vista.
Além de um grande banco brasileiro, a Abril Educação também era sócia de Charles nessa nova proposta.
A negociação se estendeu pelo ano de 2012, e a Wise Up foi vendida em 7 de fevereiro de 2013 por 960 milhões de reais, no dia em que Flávio Augusto completava 41 anos de idade.
Em todo o processo de venda da Wise Up, ele sabia que estava diante de um novo ponto de inflexão em sua vida.
E ele ainda conseguiu continuar crescendo junto com a Wise Up para torná-la uma empresa ainda mais lucrativa, e conseguir vender não por 200 milhões de reais como na proposta inicial, mas sim por quase 5 vezes esse valor.
Timing é algo bem importante.
Se a proposta inicial tivesse sido aceita, o futuro de Flávio com certeza seria diferente.
Ele não teria comprado o Orlando City por exemplo, time de futebol dos Estados Unidos que é proprietário atualmente.
Claro que com 200 milhões de reais aos 36 anos, caso ele tivesse aceitado a proposta inicial, ele não estaria mal.
Mas ao ter continuado e feito a venda cerca de 5 anos depois, ele subiu de nível e passou a jogar outro jogo.
Para explicar outro ponto de inflexão importante na história dele, vamos voltar no tempo mais uma vez.
Em 2011, com o modelo de gestão à distância já bem consolidado na Wise Up e Flávio e sua família morando em Orlando, o cenário parecia bem propício para ele se acomodar.
A Wise Up crescia a passos largos, com sua equipe produzindo e entregando resultados excelentes, mesmo sem sua presença física.
Ele fazia reuniões por videoconferência com sua equipe, mas ele tinha mais tempo do que antes, algo que ele estava decidindo como ia preencher.
Se ele tivesse escolhido ocupar o seu tempo vago com atividades voltadas para ele mesmo, o que seria considerado natural depois de quase duas décadas de trabalho pesado, boa parte do que veio depois não teria acontecido.
Mas seu apetite sempre foi grande e ele se recusou a fazer isso.
Em vez de se acomodar, ele decidiu impactar positivamente a vida de muito mais pessoas, e foi ai que nasceu o projeto Geração de Valor.
Ele decidiu continuar a produzir e, dessa vez, com o pensamento de colaborar e ajudar jovens que estavam dando seus primeiros passos na vida.
E ele usou seu precioso tempo para trabalhar nesse projeto.
Flávio queria mostrar que existia vida além do trabalho tradicional, da CLT, sendo o empreendedorismo o centro da comunicação desse novo projeto, que Flávio conhecia bem e tinha grande sucesso prático.
Em pouco tempo, seu conteúdo já impactava milhões de pessoas, e a popularidade de Flávio Augusto explodiu.
Ele também se tornou um autor best seller com os livros Geração de Valor que lançou nos anos seguintes, e também com o livro Ponto de Inflexão.
Até mesmo seus negócios foram impactados, já que a cada novo negócio que fazia, as pessoas ficavam sabendo de sua estratégia por trás, numa espécie de reality show de empreendedorismo.
Como consequência, ele diz que, se por uma lado, perdeu alguma liberdade pelo fato de se tornar uma pessoa famosa, por outro lado diz que foi profundamente recompensado.
Espalhar sua mensagem positiva de que as pessoas podem melhorar de vida e conquistar coisas novas se tornou parte de seu propósito de vida, algo muito além de seus próprios interesses pessoais.
Na realidade, ele diz que essa é a forma que ele escolheu para curtir a vida.
Nesse ponto de inflexão na vida de Flávio Augusto, que teve início de forma despretensiosa com o Geração de Valor, ele não tinha ideia da proporção que esse projeto tomaria.
De acordo com ele mesmo:
“Tenho a consciência de que ajudei bastante, mas não posso negar: quanto mais dou, mais eu recebo.”
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Um abraço e até o próximo episódio.