“Algumas pessoas querem que algo aconteça. Outras desejam que aconteça. Outras fazem acontecer.”
Essa frase é de Michael Jordan, considerado por muitos como o melhor jogador de basquete da história.
Aqui é o André do Você Top e esse é o segundo episódio da série sobre Michael Jordan.
Se você não assistiu o primeiro episódio, pause e vá para a playlist Michael Jordan aqui do canal.
Logo em seu primeiro ano como universitário, Jordan teve um papel de destaque no time de basquete da Universidade da Carolina do Norte.
Jordan foi premiado como Calouro do Ano e ajudou a equipe a vencer o campeonato de basquete da temporada de 81 e 82 da NCAA, que é o principal campeonato universitário dos Estados Unidos, onde é disputado em altíssimo nível não apenas no basquete, mas também em outros esportes.
Ao longo de sua temporada como calouro, Jordan obteve uma média de 13,4 pontos, com um percentual de acertos em arremessos de 53,4%.
Em sua segunda temporada, ele foi nomeado jogador universitário do ano pela Sporting News, mas sua equipe não conseguiu chegar às finais.
Na temporada seguinte, Jordan acumulou mais prêmios individuais, mas a Universidade da Carolina do Norte novamente não conseguiu chegar às finais.
Depois de sentir que ele já havia feito o que podia no basquete universitário, Michael Jordan decidiu que era hora de dar o próximo passo, que em seu caso era se profissionalizar e seguir seu caminho na NBA, o campeonato de basquete mais disputado do mundo.
A mãe de Jordan, Doloris, se opôs profundamente a essa decisão, pois queria que o filho se formasse na universidade.
Mas o pai de Jordan e até seu técnico Dean Smith apoiaram a decisão dele.
Ele simplesmente ficaria limitado caso continuasse jogando no nível universitário.
E assim, no ano de 1984, Michael Jordan se tornou um nome bem cotado para o draft da NBA.
Esse é um evento anual onde as equipes que participam do campeonato podem recrutar jogadores para seus times.
Em muitos casos, esses jogadores são do basquete universitário, como era o caso de Jordan, mas jogadores internacionais também podem ser recrutados.
Muitos ficam surpresos ao saber que Michael Jordan não foi a primeira escolha durante o draft de 1984.
O Houston Rockets escolheu Hakeem Olajuwon da Universidade de Houston, que mais tarde chegou ao hall da fama do basquete.
A segunda escolha foi do Portland Trailblazers, e eles escolheram Sam Bowie da Universidade de Kentucky.
Infelizmente, Bowie não conseguiu desenvolver todo seu potencial no basquete devido a frequentes lesões no joelho.
Na sequência, foi a vez do Chicago Bulls escolher, e Michael Jordan foi selecionado.
Quando Jordan desceu do avião no aeroporto de O’Hare em Chicago, para iniciar uma das carreiras mais espetaculares da história de todos os esportes, ele percebeu que a equipe da NBA não havia enviado ninguém para recepcioná-lo.
Então um jovem motorista de limusine notou Jordan e viu que ele parecia estar nervoso.
George Koehler não tinha a menor ideia do quanto sua vida mudaria a partir daquele dia ao se aproximar de Jordan e se oferecer para levá-lo até onde ele iria.
Desde então, ambos são grandes amigos.
A estreia de Jordan na NBA ocorreu em 26 de outubro de 1984, e ele marcou 16 pontos, fez 6 rebotes e 6 assistências na vitória dos Bulls.
Não demorou muito para que os fãs, a NBA de forma geral e o resto do planeta conhecessem Michael Jordan.
De fato, mesmo no início da temporada, Jordan conseguiu marcar 27 pontos em uma derrota dos Bulls para o Boston Celtics em Chicago e, Larry Bird, estrela do time adversário, disse:
“Nunca vi um jogador mudar o time assim.
Todos os jogadores do Bulls se tornaram melhores por causa dele.
Em breve, este lugar estará lotado todas as noites.
Eles irão pagar apenas para assistir Jordan.
O tempo todo, ele está no ar.
Você tem que jogar este jogo para saber o quão difícil isso é.”
Michael Jordan terminou a temporada com uma média de 28,2 pontos por jogo, 6,5 rebotes, 5,9 assistências e 2,4 roubadas de bola durante sua primeira temporada na NBA.
Jordan também foi convidado a participar do All-Star Game da NBA de 1985, que reúne os melhores jogadores da temporada.
Os sinais de que ele seria uma estrela também na NBA já estavam aparecendo, mas ele teve que trabalhar duro para tornar isso realidade.
A dedicação sempre caminhou junto com a carreira de Jordan, que chegou a dizer que:
“Os obstáculos não devem parar você.
Ao se deparar com uma parede, não se vire e desista.
Descubra como escalá-la, passe por cima dela ou contorne-a.”
Em sua segunda temporada na NBA, Jordan passou um bom tempo afastado devido à uma lesão no pé, logo no terceiro jogo.
Mesmo assim, o Chicago Bulls de Jordan conseguiu chegar aos playoffs, enfrentado o Boston Celtics de Larry Bird.
No jogo 2, Jordan marcou impressionantes 63 pontos.
Apesar de seu desempenho estelar, os Bulls foram vencidos pelos Celtics na série.
Na temporada seguinte 86/87 Jordan teve sua melhor temporada até então, com média de 35 pontos por jogo, terminando a temporada com mais de 3.000 pontos, juntando-se a Wilt Chamberlain como o único outro jogador profissional com essa conquista até aquele momento.
Na temporada 87/88 Jordan manteve a incrível média de 35 pontos por jogo e foi, pela primeira vez, eleito como jogador mais valioso da NBA.
Apesar da temporada incrível de Jordan, os Bulls acabaram sendo derrotados pelo Detroit Pistons nos playoffs.
Na temporada 88/89, apesar do Chicago Bulls ter voltado mais forte, foi novamente vencido pelo Detroit Pistons.
Mas nessa época, a preocupação dos adversários com Jordan já era tão grande que o time de Detroit criou as “Regras de Jordan”, que eram uma série de táticas de como proceder quando Michael estivesse com a bola.
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A rivalidade entre o Detroit Pistons e o Chicago Bulls só crescia e, na temporada 90/91 o time de Jordan conseguiu quebrar a hegemonia do rival, e o Chicago Bulls chegou às finais da NBA.
Nesse período, Jordan já era considerado o líder dos Bulls dentro e fora da quadra, e sob seu comando, a equipe venceu o Los Angeles Lakers, se tornando campeão nessa temporada.
Foi o primeiro título de Jordan na liga profissional da NBA.
Scott Pippen, que jogou com Jordan durante muitos anos em Chicago, disse que a liderança dele foi muito forte e positiva.
De acordo com Pippen, a grandeza e nível de confiança de Michael realmente impulsionaram os Bulls a vencer aquele campeonato.
Apesar de ser excepcional individualmente, Michael Jordan tem um espírito de grupo muito forte, e inspira todos a fazerem o seu melhor.
Ele disse:
“Há muitos times em todos os esportes que têm grandes jogadores e nunca ganham títulos.
Na maioria das vezes, esses jogadores não estão dispostos a se sacrificar pelo bem maior do time.
O que é engraçado é que, no final, a falta de vontade deles de se sacrificar somente torna glórias individuais mais difíceis de alcançar.
Uma coisa que eu acredito piamente é que se você conquista algo como um time, as glórias individuais vão vir por conta própria.
Talento individual ganha jogos, mas trabalho em equipe e inteligência ganham campeonatos.”
Nas 2 temporadas seguintes a hegemonia do Chicago Bulls liderado por Michael Jordan continuou, fazendo com que a aquipe vencesse 3 campeonatos consecutivos da NBA.
Jordan foi o melhor jogador das finais nesses três títulos.
Aos 29 anos, ele estava atingindo o auge da sua carreira na NBA e muitos começaram a se perguntar se o Chicago Bulls seria destronado como campeão da NBA.
A resposta viria na próxima temporada, mas não da maneira que alguém realmente poderia ter previsto.
Em 23 de julho de 1993, ocorreu uma tragédia impensável.
Durante um assalto, o pai de Michael, James Jordan, foi brutalmente assassinado e jogado num pântano.
Michael era muito próximo de seu pai, e a notícia de sua morte o abalou profundamente.
Ele então anunciou sua aposentadoria do basquete, e pouco tempo depois começou a jogar beisebol.
Essa mudança de carreira foi uma maneira de Michael homenagear seu pai, que sempre quis que ele se tornasse um jogador de beisebol, e era um fã muito maior de beisebol do que de basquete.
Mas nessa época, pelo fato de Jordan ter focado por tanto tempo suas energias no basquete, ele já não tinha mais a mesma familiaridade com o beisebol como tinha quando era mais jovem.
Uma famosa citação de Jordan que resume o que ele buscava no beisebol é:
“Posso aceitar o fracasso.
Afinal, qualquer pessoa falha em alguma coisa.
Mas o que eu nunca posso aceitar é não tentar.”
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Um abraço e até o próximo episódio.