O que aconteceria se você morasse e tivesse como personal trainer o Navy Seal mais durão do mundo durante 30 dias?
O livro Living with a Seal, ou Vivendo com um Seal em português, conta exatamente essa história, mostrando a experiência que Jesse Itzler teve ao morar com David Goggins durante 30 dias.
Aqui vai um aviso bem importante: a menos que você seja um atleta profissional ou tenha um excelente condicionamento físico, não tente replicar os treinos mostrados nesse vídeo.
David Goggins foi um Navy Seal durante muitos anos, depois de ter superado uma série de dificuldades na infância e no começo da vida adulta, e se tornou um dos homens mais resistentes do mundo.
Como tudo começou
Jesse Itzler, autor do livro Living with a Seal conheceu Goggins numa corrida de 24 horas.
Jesse era parte de uma equipe de 6 pessoas, e Goggins correu a prova sozinho.
Era sua primeira ultramaratona e ele não era o típico atleta que participava de provas assim.
Em eventos de ultramaratona é normal o tipo físico ser mais franzino e esguio, mas David Goggins era o oposto disso.
Ele pesava mais de 100 quilos de pura massa muscular.
Ele era muito forte e, além disso, não costumava correr com frequência.
Seu esporte era a musculação, e ele realmente parecia muito mais um fisiculturista que um corredor.
Jesse se impressionou não apenas com o porte físico de Goggins, mas também com sua estrutura digamos “enxuta” demais para o evento.
Essa corrida que ambos participaram não tinha nenhum suporte externo da organização, ou seja, os próprios atletas eram encarregados de levar seus mantimentos e hidratação por exemplo, que são fundamentais em eventos desse tipo.
Mas enquanto Jesse e sua equipe tinham uma estrutura completa, com isotônicos, frutas, diversos tipos de alimentos e tudo que uma prova dessa magnitude necessita, Goggins tinha apenas uma cadeira dobrável, um pacote de biscoitos e uma garrafa de água.
Jesse ainda aponta que Goggins não tinha tênis próprios para correr e nem mesmo se alongou!
Qualquer ultramatonista ao ver o tamanho de Goggins e sua “estrutura” para a prova duvidaria que ele seria capaz de completar as 100 milhas, o equivalente a 160 quilômetros, que ele havia se proposto a completar em 24 horas.
Mas Goggins conseguiu esse feito, apesar de ter terminado a prova completamente destruído.
Jesse ficou realmente impressionado com o que ele tinha visto, e decidiu que ele queria conhecer mais sobre o homem por trás daquele feito nada convencional dadas as circunstâncias.
Então ele fez alguas pesquisas sobre David Goggins e descobriu que ele era um Navy Seal conderado.
De alguma forma Jesse conseguiu o contato de Goggins e ligou para ele.
Jesse diz que esse é um hábito que ele têm.
Quando ele vê ou lê sobre alguém que fez algo que ele considera interessante, ele basicamente liga para essa pessoa e a convida para ser amigo dele.
No primeiro contato Goggins foi extremamente frio e direto ao receber a ligação de Jesse.
Mas Jesse conseguiu marcar uma conversa com Goggins no dia seguinte, e para chegar até Goggins, ele pegou um voo de Nova Iorque até San Diego.
Nessa conversa, Jesse Itzler basicamente convidou Goggins para morar com ele por 30 dias.
Nessa época Goggins ainda trabalhava como Navy Seal, e Jesse já era um empresário de sucesso, e morava com sua esposa e seu filho, que ainda era um bebê.
David Goggins aceitou o convite, mas com uma condição.
A de que Jesse faria tudo que Goggins mandasse.
E o trato foi feito.
Um pequeno adendo sobre Jesse Itzler.
Ele já estava bem acostumado a uma rotina de exercícios.
Ele já corria maratonas há muitos anos quando conheceu David Goggins.
Mesmo assim, o “SEAL”, como Jesse chama Goggins no livro, conseguiu o tirar de sua zona de conforto e impor verdadeiros desafios a ele.
Dia 1
Goggins combinou de chegar à casa de Jesse Itzler em dezembro de 2010, para passar 30 dias.
Jesse morava numa das partes nobres de Nova Iorque, próximo do Central Park.
Vale lembrar que em dezembro, é inverno na cidade e naquele ano especificamente, estava nevando bem mais do que na média.
O tempo estava tão ruim que Jesse tinha certeza que a estadia de Goggins em sua casa seria cancelada dado o mau tempo.
Mas isso foi antes de conhecê-lo melhor.
E assim, em dezembro de 2010, Goggins apareceu na porta de Jesse, no horário combinado, às 7 da manhã em ponto.
Ele não tinha bagagem, não tinha malas, não tinha uma expressão amigável em seu rosto e, apesar do inverno rigoroso, ele não usava um casaco.
Assim que encontrou Jesse, a primeira coisa que David Goggins perguntou a ele foi:
“Você está pronto?”
Jesse tentou quebrar o gelo, dizendo coisas como:
“Estou muito feliz que você está aqui. Sinta-se em casa, nossa casa é sua casa.”
Mas Goggins não parecia gostar nada dessas expressões, e respondeu:
“Não cara. De jeito nenhum, essa é a sua casa. Eu não tenho casa.”
E passados mais alguns diálogos curtos e nada amigáveis, Goggins disse para Jesse encontrá-lo em nove minutos.
Assim que Jesse volta, ele fazem uma corrida de cerca de 10 quilômetros pelo Central Park.
Uma hora depois de finalizarem a corrida, Jesse tenta mostrar para Goggins como usar a TV, e coisas da casa em geral, mas Goggins não se interessa nem um pouco e pede para Jesse mostrar a ele a academia.
Goggins testa a barra e pergunta para Jesse:
“Você está pronto?”
Jesse não entende a pergunta.
Mas Goggins faz com ele um teste nas barras.
Ele quer saber quantas barras Itzler consegue fazer.
Na primeira tentativa ele faz oito.
Depois seis.
Depois três.
No total, são dezessete barras.
Então Goggins diz para Jesse:
“Nós ficaremos aqui até que você finalize cem barras.”
Jesse reclama e não acredita que consiga fazer as 100 barras.
Mas uma a uma ele consegue encarar o desafio, que leva mais de 1 hora e meia para ser concluído.
E esse foi apenas o primeiro dia…
Dia 2
Depois do primeiro dia de treino com Goggins, Jesse Itzler já estava dolorido.
Mesmo assim, Goggins disse para ele colocar o despertador para as 6:30 da manhã, para uma corrida matinal.
Eles vão para o Central Park em Nova Iorque, onde Jesse mora, e correm 10 quilômetros.
E a corrida ocorre em silêncio absoluto.
Goggins não fala nada, e Jesse começa a se questionar do porque Goggins age assim.
Se o seu silêncio permanecer pelos 30 dias que Goggins passará em sua casa, será algo bem estranho e desconfortável.
Nesse dia, Jesse tem uma reunião de negócios em Boston, de um projeto que envolve uma marca de água de coco em que ele está investindo.
Nessa reunião ele encontra Kevin Garnett, que na época era uma das estrelas do time de basquete da NBA Boston Celtics.
David Goggins é a sombra de Jesse nesses 30 dias, e também vai à reunião.
Kevin Garnett, ao invés de discutir sobre o negócio de água de coco com Jesse, fica intrigado com Goggins e faz perguntas de todo o tipo para ele, coisas como:
“Quantas milhas você corre por dia?”
“Pesos ou treinamento de resistência?”
“Limiar anaeróbico?”
“Composição do corpo?”
“Frequência cardíaca máxima?”
“Seu VO2?”
Basicamente Garnett e Goggins falam sobre exercícios durante horas, enquanto Jesse fica apenas sentado ouvindo.
Ao final da reunião, o astro do basquete se vira para Jesse e diz:
“O que quer que vocês façam, eu quero entrar.”
Quando saem da reunião, o tempo está muito ruim, com uma tempestade de neve à vista.
Então ao invés de irem para o aeroporto para voltarem à Nova Iorque, Jesse decide ficar num hotel em Boston até o dia seguinte.
Ele pensa em descansar e pedir algo para comer, mas Goggins tem outros planos.
A temperatura em Boston é de 8 graus negativos, mas mesmo assim eles saem para mais uma corrida de 10 quilômetros, a segunda do dia, e dessa vez com um agravante, está nevando.
Dia 3
Mesmo com essa corrida noturna em condições adversas, às 5:00 da manhã do dia seguinte, o telefone do quarto de Jesse toca.
Do outro lado da linha está David Goggins, que simplesmente diz:
“Está na hora.”
Porém, como Itzler não trouxe mais roupas, ele diz para Goggins que não pode correr porque não trouxe outra cueca e suas roupas de treino estão completamente molhadas da corrida da noite anterior.
Mas a resposta não é exatamente o que ele queria ouvir.
Goggins diz que ele não pode correr sem pernas, mas sem roupas ele pode.
Então Jesse pega suas roupas molhadas e vai, sem a roupa íntima dessa vez.
Eles saem do hotel correndo mais rápido que nos dias anteriores e ainda no escuro.
Pelo atrito das roupas molhadas e por não estar usando uma cueca, no meio da corrida as partes íntimas de Jesse começam a sangrar, e para piorar, eles extendem o treino de 10 para 13 quilômetros dessa vez.
Eles passam boa parte desse terceiro dia na logística entre hotel, aeroporto, avião e retorno para Nova Iorque.
E à noite, mais uma vez saem para outra corrida de 10 quilômetros pelo Central Park.
Jesse fica intrigado em como Goggins faz todas essas corridas com a mesma roupa, se questionando como ele consegue secar as roupas entre os treinos.
Cerca de 30 minutos depois do fim da corrida Jesse passa no quarto em que Goggins está para perguntar se ele está bem e se precisa de alguma coisa, afinal, ele quer ser um bom anfitrião.
Mas Goggins não parece estar nada feliz, e diz para Jesse pegar uma cadeira, a mais desconfortável que ele puder encontrar e voltar ao quarto.
Ele pega uma cadeira de madeira, sem apoio para os braços, e Gogins também diz para ele pegar um cobertor.
O que David Goggins quer é tirar Jesse Itzler de sua zona de conforto e, dessa vez, o que ele precisa fazer é dormir nessa cadeira.
A esposa de Jesse, Sara, acha a ideia bem estranha e não acha que ele deveria dormir ali, argumentando que ele é um pai de 42 anos.
Mas Jesse decide encarar o desafio.
Agora vou te contar uma história interessante da primeira vez que Sara viu David Goggins.
Isso foi antes dele se hospedar na casa da família Itzler, mas depois que Jesse havia feito o convite para Goggins ficar em sua casa.
Jesse queria correr a Badwater, a famosa ultramaratona de mais de 200 quilômetros pelo Vale da Morte do Deserto de Mojave, num calor de mais de 50 graus.
Então ele foi com a esposa para assistir a prova para ter uma ideia de no que estava se metendo.
Ao chegarem no local da prova, dirigiram um pouco para encontrar os participantes ao longo do percurso.
E estava tão quente, que inicialmente Sara preferiu ficar no ar condicionado ao invés de sair do carro.
O que Sara achava que veria seria super atletas que aparentariam estar em ótima forma física, mas para ela, o que viu parecia ser um monte de cientistas loucos em shorts de corrida.
De acordo com ela é como se colocassem noventa pessoas de um manicômio em um ônibus, as levassem para o deserto, tocassem um apito e elas corressem por dois dias.
Mas ali, no meio do deserto, um dos participantes chamou a atenção de Sara.
O cara parecia ser uma máquina.
Ele olhava para a frente como se não houvesse nada em seu caminho e corria.
Seus músculos eram como um trem de locomotiva.
Quando ele passou por Jesse e Sara, ela começou a dar gritos de incentivo e, apesar de não ter nenhum outro corredor a menos de um quilômetro deles, ele nem reagiu.
Sem obrigado …
sem um sorriso …
sem nada.
Quando foram assistir, Jesse já sabia que Goggins seria um dos participantes do evento.
Sara ficou intrigada por aquele corredor nada convencional e bem diferente dos demais e perguntou a Jesse o que foi aquilo.
E alguns meses depois, “aquilo” se mudou para a casa deles.
Só para lembrar, nessa época Goggins era bem mais musculoso e pesado que atualmente, em que tem um corpo mais leve.
Então ele realmente era bem diferente dos demais ultramaratonistas.
Dia 4
Agora já estamos no quarto dia de David Goggins na casa de Jesse.
Depois de dormir na cadeira essa noite, Jesse acorda às 5:30 da manhã, com fortes dores no pescoço e as pernas e joelhos travados.
Ele estima que conseguiu dormir por volta de 2 horas essa noite.
Então Goggins diz a ele que quer testar onde Jesse está fisicamente.
Eles fazem uma série que consiste em fazer 5 elevações na barra seguidas de 10 flexões a cada minuto.
Ou seja, se eles terminam as barras e flexões em 40 segundos, eles esperam mais 20 segundos e então recomeçam os exercícios.
Eles fazem isso por 10 minutos.
Mas logo na quarta série Jesse tem que reduzir as barras para 3 repetições.
Ele está sofrendo e incrivelmente dolorido.
Depois que terminam a série, Goggins vira para Itzler e diz:
“Ok, agora nós vamos começar.”
Então Jesse vai para a esteira e Goggins dá a ele 2 halteres de oito quilos cada, coloca a velocidade em cerca de 6 quilômetros por hora, o que equivale a uma caminhada rápida e ajusta a inclinação da esteira na posição 8.
A cada 1 minuto Goggins aumenta a inclinação em 1 unidade.
Jesse fica na esteira até passar da inclinação 15.
A analogia que ele cita no livro é que na inclinação 8 ele parecia estar dando uma caminhada rápida numa subida moderada carregando 2 malas.
Na inclinação 15 ele parecia estar escalando a encosta de uma montanha carregando 2 minivans.
Em seguida, para o desespero de Jesse, Goggins ainda manda ele fazer 50 saltos sobre uma caixa de cerca de 60 centímetros de altura.
Jesse leva 1 minutos e 57 segundos para isso.
Depois disso, eles saem para uma corrida de 10 quilômetros.
O que surpreende ainda mais Jesse é que Goggins não apenas faz quase todos os exercícios que passa para Jesse, mas também faz seus próprios treinos além desses.
É como se os exercícios que estão acabando com ele fossem apenas o aquecimento de Goggins.
Um exemplo que Jesse dá é que a todo momento Goggins está fazendo flexões.
Quando o porteiro foi ao apartamento entregar algumas encomendas, Goggins atendeu a porta e enquanto o porteiro tentava puxar uma conversa qualquer, Goggins simplesmente se abaixou e começou a fazer flexões.
Dia 5
No dia 5, às 8:00 da manhã Jesse está lendo o jornal no sofá quando Goggins abre a porta do apartamento.
E ele está carregando uma espécie de mochila de mais de 20 quilos.
Jesse pergunta para que serve e ele diz que é o veículo de fuga de Jesse e de sua família da ilha de Manhattan caso aconteça algo como o 11 de setembro novamente na cidade.
O que Goggins tem nas costas é um bote inflável com quatro remos que seria capaz de transportar Jesse, Sara e o filho do casal numa eventual fuga de Nova Iorque pelo rio Hudson.
Sara fica confusa quando fica sabendo do bote, mas a ideia de Goggins é que caso as pontes e túneis da cidade sejam fechados durante uma emergência, o bote à remo seria a única saída deles, remando até chegar em Nova Jersey.
Algumas horas depois Goggins chama Jesse para um treino na academia, em que ele faz exercícios como supino, puxadas e elevações de ombro.
No total são quinhentas repetições.
No período da noite, mais uma série de exercícios.
Dessa vez são quinze séries de 10 flexões com trinta segundos de descanso entre as séries.
O detalhe é que essas flexões são feitas com um colete que pesa mais de 22 quilos, o que torna o treino bem desafiador.
Jesse leva 22 minutos para completar a série, e Goggins leva 15 minutos.
Saindo um pouco do aspecto físico e indo para a questão da mentalidade, Jesse fala sobre 2 mulheres que trabalham na limpeza de seu apartamento.
Como elas não falam inglês e ele não fala espanhol, ele mostra o que elas devem limpar e fazer por meio de fotos de revistas.
Mas quando Goggins estava na casa dele, ele não sabia como poderia descrevê-lo para elas.
Será que ele deveria mostrar uma foto do rambo?
Ou então de Russel Crowe no filme Gladiador?
Ele diz que as empregadas de sua casa ficaram obcecadas por ele.
Ainda mais que além de ser bem apessoado, Goggins anda muito tempo sem camisa.
Por outro lado, Goggins não pareceu dar muita bola para elas.
Apesar de não ser rude, ele parecia não confiar nelas.
Não somente nelas, mas também em todas as outras pessoas que trabalhavam para Jesse.
Se o motorista dele atrasa 1 minuto, Goggins o culpava, alegando que deveria ter estudado as rotas melhor ou antecipado eventuais problemas.
Goggins foi ensinado no serviço militar que, se você tem um trabalho a fazer, você o faz com um esforço de 120%.
Enquanto Jesse supõe que, se alguém que trabalha para ele faz algo 80% da maneira que ele faria, isso é suficiente.
Então a lição de Goggins nesse caso é que todos nós podemos fazer muito mais.
Dia 6
Bom, agora já estamos no sexto dia em que Goggins está morando com Jesse e sua família.
Nesse dia, às 6:00 da manhã Jesse, ainda sonolento, sente alguém entrando no quarto em que ele dorme com sua esposa.
Assim que ele se dá conta do que está acontecendo, David Goggins susurra em seu ouvido:
“Levante-se, hoje temos mais 10 quilômetros no Central Park e depois começamos.”
Jesse se pergunta o que está para começar…
já que ele está se exercitando como nunca há vários dias com Goggins.
Depois do treino matinal Jesse segue sua rotina normalmente, comendo frutas de café da manhã e indo para o escritório trabalhar.
Logo após o almoço, ele está conversando sobre trabalho com outras pessoas de sua empresa quando David Goggins diz:
“Teste de burpee.”
Se você ainda não conhece esse exercício, ele começa basicamente com uma flexão normal, depois você se levanta e dá um pulo com as mãos para cima, depois se abaixa e o ciclo se repete.
É um exercício que trabalha tanto o sistema cardiovascular quanto uma série de músculos do corpo, e é bem cansativo.
Goggins diz para Jesse que ele precisa fazer 100 burpees no menor tempo possível.
É um teste de condicionamento físico.
Goggins diz que qualquer tempo abaixo de 10 minutos é muito bom, abaixo de onze minutos é aceitável e acima de treze minutos é inaceitável.
Para deixar Jesse Itzler ainda mais preocupado, ele diz que se ele fizer um tempo acima de 13 minutos, ele terá que fazer o teste novamente.
Jesse ainda está com as roupas do trabalho, mas Goggins já apertou o botão iniciar de seu cronômetro.
Então Jesse começa com sua roupa de trabalho mesmo.
Depois de fazer 10 burpees ele começa a suar e decide tirar suas roupas.
Ele fica só de cueca fazendo burpees no escritório.
Ele atinge a marca de 50 em 5 minutos e 30 segundos, quando uma de suas funcionárias abre a porta de sua sala.
Antes que ele consiga dizer algo, ela fecha a porta rapidamente.
Jesse termina em 11 minutos e quarenta e cinco segundos, completamente cansado e encharcado de suor.
Jesse trabalha o resto do dia e chega em casa tarde e cansado.
Mas por volta das 10:45 da noite Goggins o chama para outra corrida de 10 quilômetros pelo Central Park, só que com um bônus adicional.
A cada 800 metros eles param de correr e fazem 25 flexões.
Além disso Goggins quer fazer uma corrida progressiva, ou seja, cada vez mais rápida a medida que progridem dentro do treino.
Um ponto curioso e que mostra a diferença de condicionamento entre ambos é que quando Goggins já acabou suas flexões, Jesse ainda está terminando a nona.
Dia 7
No dia seguinte, às 5:30 da manhã, Goggins faz alguns comentários sobre a previsibilidade das corridas de Jesse.
Por ser um corredor há muitos e muitos anos e disputar maratonas com frequência, Jesse Itzler fica confortável ao correr em seu ritmo habitual de treinos.
Mesmo não sendo um corredor de elite, seu condicionamento físico e resistência é muito superior ao de uma pessoa normal.
Então Goggins decide tirá-lo de sua zona de conforto e, ao invés de correrem num ritmo mais constante, Goggins decide que nesse treino farão alguns intervalados, que consistente em séries mais rápidas de corrida seguidas por um intervalo de recuperação.
Nesse treino, contando as séries fracas e fortes eles fazem um total de 11 quilômetros.
Jesse realmente sente esse treino.
E fica com princípio de câimbras nas panturrilhas.
Logo que chegam em casa, ao invés de tomar banho, Jesse recebe a notícia de que fará 275 flexões.
E apesar de todo o cansaço e de estar molhado do treino de corrida, ele faz.
Nesse dia eles ainda viajam para Atlanta, onde fica a sede da empresa de Sara, a esposa de Jesse.
Aqui um pequeno adendo sobre ela.
Sara Blakely é fundadora da Spanx, uma empresa de lingeries e roupas modeladoras para mulheres.
Dizendo isso pode não parecer algo muito impressionante, mas a empresa de Sara tem um patrimônio bilionário, e ela construiu esse negócio do zero.
Em Atlanta Sara e Jesse precisam visitar a casa que estão reformando na cidade, e Goggins decide que Jesse e ele irão e voltarão da casa correndo, o que dará pouco mais de 6 quilômetros.
No período da noite, quando Jesse está quase pronto para dormir, Goggins aparece novamente e o chama para mais um treino de corrida, já é o terceiro do dia.
Eles correm mais 10 quilômetros, e quando Goggins pergunta como Jesse se sente, ele diz que não está nada bem.
Goggins, com suas atitudes nada convencionais, comemora e diz que agora Jesse está começando a ver como se treina de verdade.
Dia 8
No oitavo dia bem cedo eles voltam de Atlanta para Nova Iorque, e partem para sua já tradicional corrida de 10 quilômetros pelo Central Park.
Um pouco mais tarde, durante o café da manhã, todos estão comendo, com exceção de Goggins.
Então Sara, esposa de Jesse, pergunta se ele está fazendo uma dieta.
Goggins responde que não, mas que ele simplesmente gosta de dormir com fome para depois acordar com fome, ressaltando a importância de ficar fora da sua zona de conforto.
Ainda quando estão todos juntos, Jesse sugere que eles passem o natal, que está se aproximando, na casa do lago da família Itzler em Connecticut, que fica a cerca de 150 quilômetros de Nova Iorque.
Goggins diz que a ideia parece boa, e diz que quer checar a questão da segurança no local.
Jesse sugere que David Goggins e Smith, seu motorista de longa data, viajem até a cidade para que Goggins faça a inspeção desejada, e Smith aproveita para acompanhar um encanador que fará serviços na casa no dia seguinte.
Então Goggins e Smith vão para Connecticut e dormem na casa da família Itzler.
Durante a noite, ocorre um incidente inusitado.
Smith levanta com fome e desce para a cozinha para comer alguma coisa, mas o alarme da casa dispara e ele, já conhecendo um pouco Goggins, se desespera ao pensar que Goggins possa achar que tem um intruso na casa, e imediatamente começa a gritar:
“Goggins, sou eu, é o Smith! É o Smith!”
Quando a empresa de segurança notifica Jesse sobre o alarme, ele liga para Goggins, que diz que encontrou Smith tremendo debaixo da mesa da cozinha, ajoelhado em uma poça de leite derramado, com farelos de biscoito por todo o rosto.
Dia 9
No dia seguinte, quando Smith e David Goggins voltam para Nova Iorque, Goggins se senta com Jesse para lhe mostrar os resultados de sua inspeção de segurança.
Antes disso, é bom que você saiba que a casa da família Itzler em Connecticut fica num condomínio fechado de alto padrão, com cerca de 100 casas próximas a um lago e sem nenhum perigo aparente.
Mas David Goggins diz que a segurança da casa está um desastre.
As janelas estão deformadas.
O perímetro está exposto.
Há muitos pontos de entrada e muito vidro na casa.
Depois de Jesse perguntar o que ele sugere para melhorar, Goggins afirma que é preciso trocar todas as portas da casa imediatamente, trancar todas as janelas não primárias e substituir o vidro normal por vidro à prova de balas.
Jesse questiona se isso tudo é realmente necessário, dizendo que é apenas uma casa no lago.
No meio do nada.
Goggins fala que as alterações são críticas e necessárias e irá contactar um amigo para fazer um orçamento das mudanças.
Depois de pegar o orçamento, ele diz para Jesse que há 2 opções.
A primeira é fazer as substituições sugeridas apenas no andar de baixo e do meio da casa, o que custaria US$ 450.000.
Ou então fazer a casa toda, que daria o valor de US$ 785.000.
Goggins diz que a melhor alternativa é fazer a casa toda.
Ele ainda faz uma analogia dizendo que até o Rambo pode estar do lado de fora da casa com uma M16 que quem está do lado de dentro não precisa nem se preocupar, podendo até mandar ele para aquele lugar.
Ele alega que esse material é de qualidade militar, e a menos que alguém tenha um bazuca, nada irá acontecer.
Jesse conversa com sua esposa sobre as sugestões de Goggins, e depois de calmamente ouvir tudo, Sara simplesmente diz:
“Querido, nós não podemos simplesmente pedir para o Goggins colocar extintores em todos os cômodos e me ensinar a usar o alarme?”
Ainda no dia 8, Jesse recebe a ligação do encanador que foi à sua casa do lago, em Connecticut.
O encanador diz:
“Por favor, diga à aquele homem que não procurei o seu nome no Google e que eu teria cotado o mesmo preço se você morasse no Bronx.”
Jesse não está entendendo nada.
E o encanador complementa:
“Eu não quero nenhum problema. Mas quero que saiba que entrei em contato com meu advogado.”
Jesse entende menos ainda e pergunta sobre o que ele está falando.
O encanador diz que dará um desconto de 30%.
Ele pensa mais um pouco e diz que aumentará o desconto para 40%.
Antes de desligar, ele diz:
“Não quero problemas. Por favor. Eu te imploro.”
Jesse fica sem entender e o encanador deliga.
O que realmente aconteceu foi que Goggins considerou o orçamento do encanador alto demais, e o acusou de ter entrado na internet, visto que os Itzler eram podres de rico e tentado subir o preço excessivamente com base nisso.
Para mostrar seu descontentamento, o que David Goggins fez foi começar a dar socos com as mãos no azulejo até que ele começou a rachar, enquanto gritava:
“Você os pesquisou no Google! Você os pesquisou no Google! Bem, me procure no Google, filho da …!”
Eles agora estão no nono dia, e novamente, saem para mais uma corrida de 10 quilômetros pelo Central Park.
Próximo do fim do treino, David Goggins se pendura numa árvore e a usa como barra, fazendo 25 elevações perfeitas de uma só vez, sem nenhum balanço.
Ele diz para Jesse fazer 10.
Na primeira vez que pula no galho da árvore, Jesse faz 6 repetições e, na segunda tentativa, completa as 10 repetições.
Nesse dia Jesse está dolorido e travado.
Ele diz que seu corpo está sentindo a grande quantidade de exercício que ele está fazendo.
E também afirma que aprecia muito mais seu tempo de descanso e sono, ainda mais quando ele vê a cadeira de madeira na qual dormiu outro dia.
Algumas horas depois da corrida, eles estão numa reunião importante de um novo negócio de Jesse, e num pequeno intervalo, Goggins o chama para conversar.
Goggins diz que correram e fizeram barras mais cedo, mas que eles não fizeram abdominais, então foi uma sessão incompleta.
Então ele diz para Jesse que eles farão isso agora.
Jesse afirma:
“Agora? Estou no meio de uma grande reunião.”
E Goggins responde:
“Não, você não está. Você está no meio de um intervalo.”
Então Jesse se deita no chão e começa a fazer abdominais com amplitude completa.
Ele faz 100 repetições e, quando termina, está suando bastante.
Pouco depois disso os participantes voltam para a sala de reunião, e todos olham para Jesse, que está suando bastante.
Goggins diz para todos:
“Jesse tinha um trabalho não terminado, mas ele está pronto agora.”
E a reunião recomeça.
Mais tarde, por volta das 10 horas da noite, Jesse ouve um barulho alto vindo do quarto de Goggins, como se tivesse pousando um helicóptero ali.
Ele descobre que Goggins está montando uma tenda para dormir nela, e ao perguntar por que, Goggins diz que é uma tenda hipobárica, que reduz o oxigênio do ar para simular um ambiente de altitude elevada.
Dia 10
No dia seguinte, o décimo dia, logo às 5:00 da manhã, Goggins já está na sala, com a mesma roupa de sempre e pergunta para Jesse:
“Você está pronto?”
Nesse dia Jesse está desanimado, e se questiona do porque chamou um Navy Seal para sua casa.
Mas ele se lembra da única condição que Goggins colocou antes de se mudar para a casa da família Itzler, que era a de que Jesse faria tudo que ele mandasse.
Então Jesse tinha que honrar esse compromisso.
Nesse dia eles começam com flexões.
Eles começam fazendo uma flexão depois levantam e descansam 15 segundos.
Depois fazem 2 flexões e descansam 15 segundos.
E vão subindo até chegar a 10 flexões.
Após chegar nesse ponto, aumentam o descanso para 30 segundos.
Quando chegam em 16, 17 e 18 flexões, Goggins permite que eles subam a pausa para 45 segundos.
Depois da série de flexões, 171 para ser mais exato, eles fazem 30 barras.
E depois disso eles ainda fazem 16 intervalados de 400 metros correndo rápido e 1 minuto caminhando.
Algumas horas depois, Goggins diz para Jesse que precisa ficar fora por 3 dias.
Ele diz que fará uma corrida de 75 milhas, o equivalente a 120 quilômetros, e viajará a negócios.
Jesse prefere não fazer perguntas.
Mas ambos concordam que Jesse manterá os treinos nos dias que Goggins estiver fora.
David Goggins diz para ele correr 10 quilômetros pela manhã, mais 5 à noite, e não se esquecer de fazer pelo menos 200 flexões por dia.
Bom, durante alguns poucos dias Goggins esteve fora da residência da família Itzler, então Jesse não contou esses dias no período que Goggins passou com ele.
Mesmo com Goggins fora, Jesse seguiu o que tinha combinado com ele, que consistia em correr 10 quilômetros pela manhã e 5 quilômetros à noite, além de 200 flexões ao longo do dia.
Dia 11
No terceiro dia que Goggins estava fora, Jesse recebe uma ligação dele às 11:00 da manhã.
Jesse já tinha corrido seus 10 quilômetros matinais.
Na ligação Goggins diz que está retornando para Nova Iorque e que tinha completado a corrida de 75 milhas.
Quando Jesse pergunta a ele como foi, Goggins diz que a corrida foi dura, tinha uma subida e o terreno era pesado.
Vindo de David Goggins, Jesse sabe que era verdade.
Para complementar, Goggins diz que quebrou todos os ossos do metatarso de ambos os pés.
Mas que mesmo assim ele terminou forte.
Mais tarde, depois de encerrarem a conversa, com Jesse preocupado e dizendo que ele deveria ir ao médico, Jesse recebe um email de Goggins dizendo que o treinamento irá continuar.
À noite Goggins chega ao apartamento de Jesse, sem calçado e com o pé bem machucado.
Ele parece estar andando em cacos de vidro, obviamente com muita dor.
Quando Jesse novamente diz que ele deveria fazer algo a respeito, Goggins afirma:
“Não cara, eu vou simplesmente sentar no sofá e aproveitar a dor. Eu ganhei essa dor. Agora eu irei aproveitá-la.”
E ele começa a rir para ele mesmo.
No começo, Jesse pensou que talvez Goggins quisesse impressioná-lo.
Mas agora, com os dias passando e vendo as situações, ele percebe que não há exagero nesse tipo de coisa.
Ele realmente quis dizer isso.
Ele realmente quer aproveitar a dor.
Dia 12
No dia seguinte, o CEO da Zico, a empresa de água de coco com a qual Jesse está envolvido diz a Jesse que muita gente têm lido o blog em que ele está escrevendo sobre seus treinos com Goggins.
E pergunta se seria possível Goggins endossar a marca da Zico, como uma espécie de patrocínio.
Jesse leva a ideia para Goggins, que nem sabia que Jesse estava escrevendo sobre os treinos em um blog.
E Goggins diz:
“Eu corro por mim. Eu não corro por produtos, Jesse. Eu corro por mim.”
Um pequeno adendo nesse ponto.
Goggins não tem nem mesmo seu nome revelado ao longo do livro de Jesse Itzler.
Então ele realmente não procurava fama.
Goggins só se tornou uma figura pública bem depois disso.
Jesse o recebeu em sua casa em dezembro de 2010, o livro Living with a Seal foi lançado em novembro de 2015, mas Goggins se tornou realmente uma figura pública com o lançamento de sua autobiografia, em dezembro de 2018.
Por falar nisso, se ainda não baixou, clique no primeiro link da descrição e baixe o resumo gratuito em português que fiz do livro de David Goggins, que no momento em que gravo esse vídeo tem apenas a versão em inglês.
Voltando ao livro, por volta das 5:30 da tarde Jesse começa a ouvir a música tema do filme Rocky, estrelado por Sylvester Stallone.
A música fica tocando em loop de forma seguida por umas 30 vezes.
O que será que David Goggins está fazendo no quarto?
Quando ele abre a porta, ele está completamente encharcado de suor.
Jesse pergunta se ele está bem, e ele diz:
“2500 flexões cara. Sim, eu estou bem.”
Um pouco mais tarde, Jesse e Goggins descem para a academia do prédio, e fazem novamente a rotina de flexões de 1 a 18 de um dos dias anteriores, que totaliza 171 flexões.
Depois Jesse vai para a esteira, aquece caminhando numa inclinação mais alta, depois reduz a inclinação e faz uma série intervalada de corridas rápidas seguidas de um trote mais leve, totalizando pouco mais de 3 quilômetros.
Algumas horas depois Goggins diz para Jesse que é hora de abdominais.
Então ele faz 3 séries de 44 abdominais com 1 minuto de pausa, totalizando 132 abdominais.
Depois disso, mais flexões.
Dessa vez, são 7 séries de 15 flexões a cada 1 minuto, seguidas de 9 séries 12 flexões a cada 50 segundos e, para finalizar, 10 séries de 10 flexões a cada 45 segundos, totalizando mais 313 flexões.
Dia 13
Para o dia seguinte, Goggins diz que eles começarão às 8:00 da manhã em ponto.
Agora eles estão no dia 13.
Nesse dia Goggins decide que é dia de subidas.
Então eles ficam dando voltas num pequeno pedaço do Central Park.
Faz apenas algumas horas que Jesse completou 484 flexões, e seu corpo está bem dolorido, especialmente seus ombros.
Mas Goggins já o alerta logo no fim da corrida, dizendo que hoje à noite é dia de fazer mais flexões, e afirma que quer testar os ombros de Jesse.
Jesse decide trabalhar de casa esse dia, mas ele mal consegue levantar seu telefone, devida à dor em seus ombros.
Goggins diz para Jesse que vai para a academia do condomínio, e fica lá por 2 horas.
Quando volta ele mostra suas mãos completamente machucadas para Jesse, que pergunta o que aconteceu.
Goggins diz que fez 5 barras a cada minuto por 2 horas, o que dá um total de 600 barras.
Ele então diz para Jesse:
“O que quer que tenha acontecido com você, outra pessoa tem mais dor. Você precisa aprender a lutar independente disso. Não importa o que seja … Pense em outra coisa.”
À noite Jesse continua bem cansado e com muita dor nos ombros, e acaba indo para a cama e dormindo por volta das 10:00 da noite.
Mas meia noite e meia o seu alarme toca.
E ele sabe que não foi ele nem sua esposa que colocou o alarme para tocar.
Então Goggins, sentado numa cadeira proximo à cama de Jesse diz:
“Doce ou travessura?”
Então eles vão para a rua.
A temperatura é de menos 7 graus Celsius.
Eles correm 5 quilômetros, e depois começam a fazer séries com 40 polichinelos e 10 flexões.
Eles fazem 20 séries, somando no total 800 polichinelos e 200 flexões, tudo isso em apenas 15 minutos.
Eles terminam o treino no meio da madrugada, e Jesse vai dormir.
Dia 14
No dia seguinte pela manhã eles fazem um circuito que consiste em correr por cerca de 30 metros carregando o outro nas costas, fazer 35 abdominais e 20 flexões.
Eles repetem o circuito 14 vezes.
Jesse diz que, nas últimas séries ele estava tão mal que foi uma das piores sensações que já teve em toda a sua vida.
No período da tarde, já no escritório, Goggins manda Jesse fazer outro teste de burpee.
Dessa vez, Jesse leva 10 minutos e 27 segundos para completar os burpees.
Uma bela evolução se comparado à primeira vez, em que demorou 11 minutos e 45 segundos.
Mais tarde, Jesse sai do escritório e vai caminhando por 20 quadras para o Madison Square Garden, assistir a um jogo do New York Knicks, time de basquete da NBA.
Quando chega em casa já passa das 10:00 da noite, mas Goggins o chama para mais uma corrida.
Jesse reclama no início, mas acaba cedendo e eles partem para mais uma já tradicional corrida de cerca de 10 quilômetros.
Ao fim do treino já é meia noite, e Goggins diz para Jesse que eles começarão às 6:00 da manhã em ponto no dia seguinte.
Lembrando aqui que nenhum desses vídeos tem o intuito de te incentivar a fazer o mesmo, mas sim te motivar a fazer mais e melhor.
Dia 15
Agora já estamos no dia 15, quase na metade do tempo que Goggins passará com Jesse.
Nessa manhã eles saem às 6:00 em ponto para uma corrida de 13 quilômetros, sendo os primeiros 10 num ritmo mais constante e os 3 últimos num ritmo mais forte.
Algumas horas depois eles pegam um voo para Atlanta, já que Sara, esposa de Jesse, precisa resolver algumas coisas relacionadas à sua empresa.
Dessa vez ele viajam num voo comercial, e não num jatinho.
Ao fim do voo Jesse encontra uma amiga, Lisa, que diz conhecer Goggins por ter lido o blog de Jesse.
Goggins, por sua vez, diz que também a conhece, dizendo que ela estava sentada no assento 14C, ao lado de um homem negro que lia a revista Reader´s Digest.
Um Navy Seal como Goggins está sempre de olho em tudo, mesmo quando não há ameaça aparente.
À noite, eles fazem uma pirâmide de flexões, subindo de 1 a 18 e depois descendo de 18 até 1.
Isso dá 342 repetições, mas para completar 350, Goggins diz para Jesse fazer mais 8.
Eles terminam o treino por volta da meia noite.
Dia 16
Depois de uma noite de sono, eles acordam e saem para uma corrida de 10 quilômetros pela avenida principal de Atlanta.
Nesse dia não está tão frio, cerca de 13 graus Celsius quando eles começam a corrida, e ao longo do treino a temperatura vai subindo.
Então Goggins acaba fazendo boa parte do treino sem camisa.
Quando Sara chega no escritório de sua empresa, cuja maioria das pessoas são mulheres, muitas delas estão falando sobre o cara com corpo trincado correndo pela principal avenida da cidade.
No fim da manhã eles pegam um voo e voltam para Nova Iorque.
Logo que chegam no apartamento de Jesse, Goggins recebe a encomenda de um colete de peso que comprou para Jesse usar nas flexões e em algumas corridas.
O “detalhe” é que esse colete pesa mais de 20 quilos.
Jesse diz que nunca viu Goggins tão animado como nessa ocasião.
Eles saem para mais uma corrida de cerca de 10 quilômetros.
Jesse usa o colete na primeira metade, e leva uma eternidade para percorrer a distância.
Na segunda metade Goggins usa o colete e, pelo menos aparentemente, corre sem muita dificuldade.
Na volta Jesse está tão cansado que acaba dormindo no sofá, sem forças para se mexer.
Mesmo assim, cerca de 1 hora depois, Goggins diz para Jesse colocar o colete de peso novamente.
Jesse diz que tem obrigações como pai hoje, e precisa cuidar do filho.
Goggins não vê isso como problema e fala que o filho dos Itzler irá junto nessa corrida.
Jesse fica contrariado, já que Lazer, seu filho, tem apenas 1 ano e meio e a temperatura está negativa lá fora.
Mesmo assim eles vão.
Nos primeiros 4 quilômetros de corrida Jesse vai usando o colete, enquanto Goggins empurra o carrinho de bebê.
Jesse diz que, apesar de já ter corrido 18 vezes a maratona de Nova Iorque e ter corrido ultramaratonas de até 100 milhas, essa é uma das corridas mais brutais de sua vida, sem dúvida alguma.
Ele também imagina o que as pessoas estão pensando enquanto eles correm.
Dois adultos correndo naquele frio, sendo que um deles está empurrando um carrinho com um bebê e o outro está com um colete que o deixa parecido com um homem bomba.
Nos 4 quilômetros seguintes Goggins coloca o colete e eles aceleram.
Assim termina o décimo sexto dia de David Goggins com Jesse Itzler.
Dia 17
Chegamos ao dia 17 da jornada de Jesse Itzler e David Goggins, e nesse dia, logo às 5:00 da manhã, eles vão para a academia e Goggins monta um circuito para Jesse, que consiste em:
– Supino com halteres: 15 repetições com 16 quilos, 12 repetições com 18 quilos, 10 repetições com 20 quilos, 8 repetições com 23 quilos e 6 repetições com 25 quilos;
– 51 repetições de remada sentada com peso médio, em séries com 15, 12, 10, 8 e 6 repetições;
– 40 repetições de desenvolvimento militar com peso médio, em 4 séries de 10 repetições;
– 37 repetições de tríceps na polia com peso leve, em séries com 15, 12 e 10 repetições;
– 37 repetições de bíceps com halteres de 11 quilos, em séries com 15, 12 e 10 repetições;
– e finalmente 150 abdominais, com 3 séries de 50 repetições de exercícios diferentes.
Um pouco depois da séries de exercícios, eles vão para o escritório de Jesse caminhando, mas dessa vez ambos usam o colete de peso, que pesa mais de 20 quilos.
Jesse diz que nessas caminhadas para o escritório, David Goggins mostra um pouco mais seu lado humano, e nesse dia especificamente, ele pergunta para Jesse sobre investimentos.
Mas não é por inveja nem nada do tipo.
Jesse imagina que Goggins não entende como ele vive desse jeito.
Enquanto a vida de Jesse é cheia de afazeres e complicações, a vida de David Goggins é muito simples.
Goggins é um minimalista e, pelo menos na época em que ambos moraram juntos, que foi em dezembro de 2010, Goggins não tinha casa, não tinha carro ou nada que o prendesse a algum lugar.
Enquanto Jesse precisava checar sua mala e mais um monte de coisas antes de viajar, Goggins simplesmente apareceu com uma mochila para passar 30 dias na casa de Jesse, em pleno inverno nova iorquino.
Logo depois do almoço, Goggins chama Jesse para ir na esteira da academia fazer uma série de intervalados de corrida.
Jesse faz o treino variando ritmo por 30 minutos e depois ainda faz uma série de flexões, começando com 1 repetição, depois 2, depois 3 e assim sucessivamente, até chegar a 30 repetições.
Cerca de 1 hora e meia depois desse treino, Jesse diz a Goggins que precisa ir numa loja chamada Barney´s, comprar alguns presentes para sua esposa e seu filho.
Goggins decide que eles irão correndo.
Jesse chega na loja chique já suando, faz suas compras e Goggins também decide que eles voltarão correndo.
E lá vão eles de volta para casa segurando a sacola de compras de uma loja chique de Nova Iorque.
Dia 18
No dia seguinte, o dia 18, Goggins dá a manhã de folga para Jesse, que aproveita para brincar com seu filho.
No período da tarde, Jesse fica no escritório e, logo no começo da noite eles vão para a academia.
Nesse dia, eles encontram Yoni, sobrinho de Jesse, que também usa a academia do condomínio em que a família Itzler mora.
Yoni é um jovem de 24 anos em ótima forma, ele já correu várias maratonas e é um viciado em exercício.
Goggins o chama para participar do treino, e ele vai.
O treino que eles farão será de 12 flexões a cada 45 segundos durante 22 minutos.
Depois 15 barras e 2 minutos de descanso.
Depois 5 séries de 20 flexões e 3 barras.
Depois 100 abdominais.
Depois do treino os 3 vão para o restaurante comer algo, e Yoni e Goggins conversam animadamente sobre o serviço militar.
Goggins até convence Yoni a largar seu trabalho como social media e se tornar um Navy Seal.
E após o jantar, Goggins decide que Yoni deve começar sua jornada agora mesmo.
Yoni e Goggins partem para uma corrida, enquanto Jesse volta para sua casa.
Cerca de uma hora e meia depois Goggins volta para o apartamento de Jesse, que pergunta onde está Yoni.
Goggins diz que não sabe, e que Yoni ficou para trás na corrida por volta do quilômetro 6.
Mais uma hora e meia se passa e Yoni finalmente chega ao apartamento de Jesse, desidratado e com vômito por toda a parte.
Yoni diz: “Eu acho que eu sou mais um cara das mídias sociais.”
Dia 19
Agora eles estão no dia 19 e, às 7:00 da manhã eles vão para o Central Park fazer a tradicional corrida de 10 quilômetros para iniciar o dia.
Hoje eles vão correr todos os quilômetros abaixo de 5 minutos, o que resultará num treino de menos de 50 minutos.
Nesse dia os ombros de Jesse estão doendo muito, e ele não consegue correr com uma forma adequada.
Esse é o resultado de milhares de flexões em tão poucos dias.
Algumas horas depois Jesse tem uma reunião com executivos de uma grande rede de hotéis, e Goggins e Jesse vão para a reunião com os coletes de mais de 20 quilos.
Jesse apresenta Goggins aos executivos, dizendo que está morando com um Navy Seal por um mês.
Eles ficam tão intrigados com a dinâmica de Jesse e Goggins que passam a reunião toda fazendo perguntas sobre os 2 e sobre exercícios.
Ao fim da reunião, os executivos dizem para Jesse que se ele tiver alguma ideia para a rede de hotéis, eles com certeza querem fazer negócios com ele.
É como se David Goggins fosse uma arma secreta.
Homens de negócios são fascinados por alguém como Goggins.
Sua ética de trabalho, seus treinos, sua história.
E, dessa forma, indiretamente eles acabam se tornando mais interessados em Jesse também.
No período da noite, há uma pequena celebração de fim de ano do escritório de Jesse.
Goggins também vai.
As pessoas sabem quem é ele, já que ele também vai ao escritório com Jesse todos os dias.
Mas no trabalho de Jesse, Goggins não fala com ninguém, não usa o computador e nem mesmo lê jornais ou revistas.
Ele fica lá imóvel, como se fosse uma peça de decoração.
Durante o jantar, talvez por já terem bebido um pouco e estarem mais soltas, as pessoas começam a fazer perguntas para Goggins, que se torna o centro das atenções da festa.
E nesse dia especificamente, Goggins, que passa grandes períodos sem comer, pelo menos perto de Jesse, acaba comendo tudo que vê pela frente, com exceção das sobremesas.
Ao fim da festa, Jesse, que bebeu pela primeira vez desde que Goggins passou a morar com ele, está um pouco embriagado, mas algo o diz que o dia ainda não terminou.
Então Goggins o chama e eles fazem 10 séries de 20 flexões, totalizando 200 repetições.
Dia 20
No dia seguinte eles começam cedo.
Logo às 6:00 da manhã Goggins diz para Jesse que eles farão o básico.
Flexões e abdominais.
A série dessa manhã consiste em fazer 10 flexões e depois o quanto de abdominais for possível até completar um minuto.
E o ciclo se repete por 30 minutos, sem descanso.
No fim do treino os músculos abdominais, o peito e tríceps de Jesse estão bem fadigados.
Além disso seus batimentos cardíacos estão em 150.
O básico realmente funciona, e é possível atingir ótimos resultados focando no básico.
Logo no começo da tarde um amigo de Jesse, Bryan, vai em seu apartamento visitá-lo.
Ele é um ciclista e está em ótima forma.
Durante a conversa de Jesse e Bryan, David Goggins aparece e diz que eles farão uma rápida sessão de flexões.
Serão 10 flexões a cada 30 segundos durante 5 minutos, totalizando 100 repetições.
Logo no minuto 3, Bryan reduz as repetições para sete.
Jesse continua firme mantendo as 10 repetições e finaliza o treino como prescrito.
À noite, enquanto Jesse está assistindo tv sentado no sofá, Goggins aparece e diz que eles sairão para uma corrida.
São cerca de 14 quilômetros dessa vez.
Durante o treino, Jesse pergunta se Goggins tem 2 dólares para ele comprar uma banana ou um gel de carboidrato.
Goggins diz para ele que faltam 8 quilômetros.
Se ele está com fome, deve correr mais rápido, que ai eles chegarão em casa mais cedo.
Há milhões de pessoas em Nova Iorque, mas nessa noite eles encontram apenas mais uma pessoa correndo pelo Central Park.
E Goggins diz para Jesse que não é sobre o que você faz, mas sim quando e como você faz.
É sobre as condições.
Lembre-se disso.
Dia 21
Estamos no dia 21, e às 9:00 da manhã eles saem para uma corrida curta, de 6 quilômetros.
Jesse diz que Goggins quase nunca conversa durante as corridas.
E que ele sempre foca na atividade que está realizando.
Enquanto Jesse pensa em mil coisas durante as corridas, David Goggins apenas pensa em terminar a corrida.
O foco de Goggins na tarefa está ensinando Jesse a ser mais presente naquilo que está fazendo.
E ele têm levado essa lição para sua vida de forma geral.
Por volta das 8:30 da noite, depois que Jesse acabou de comer, Goggins o chama para uma corrida de 10 quilômetros.
Jesse preferiria esperar ao menos uma hora para fazer a digestão, mas Goggins é irredutível.
Jesse prefere correr de estômago vazio, e pergunta a Goggins como ele faz com a nutrição durante provas de longa duração.
David Goggins diz que em provas longas precisa de muitas calorias, e que ele treinou para ser capaz de comer enquanto corre.
Ele ressalta que pode comer até mil calorias por hora sem problemas, mas que leva um tempo para se acostumar a isso.
Jesse sente o disconforto estomacal ao longo de todo esse treino, mas consegue finalizar.
Nesse dia, eles totalizaram 16 quilômetros de corrida.
Dia 22 e 23
Nos 2 dias seguintes, é feriado de Natal, e a família Itzler, junto com Goggins, vão passar esses dias na casa do lago em Connecticut.
No dia que chegam lá, eles fazem uma corrida de aproximadamente 10 quilômetros pelas montanhas.
Goggins entra no clima do Natal e dá um presente para Lazer, filho de Jesse.
É uma roupa do exército completa, com chapéu.
Realmente um presente único para um bebê com menos de 2 anos!
Sara, esposa de Jesse dá um presente para Goggins.
Depois que ele abre, ela insisti que ele vista a camisa casual azul.
Ele educamente recusa, mas de Sara tanto insistir ele veste.
Apesar de ter ficado bem nele, Goggins está claramente se sentindo desconfortável.
Ele encara presentes como coisas adicionais desnecessárias.
É simplesmente o jeito dele.
Por volta das 2:00 da madrugada está nevando bastante.
A porta do quarto de Jesse está trancada e ele está dormindo, quando acorda ouvindo o que parece ser alguém tentando entrar no quarto.
Quando ele percebe que é Goggins do outro lado, ele abre a porta.
E Goggins diz: “Está na hora!”
O plano de Goggins é que eles corram 6 quilômetros a cada 4 horas durante 48 horas, o que dá um total de 12 corridas nesse período.
Então Jesse se prepara e eles saem para a primeira corrida.
Está completamente escuro e a temperatura é congelante.
Com 5 minutos de corrida, Goggins diz:
“Caminho difícil 20 metros à frente.”
Jesse não imagina como Goggins consegue sabe disso, já que ele mal consegue enxergar um metro à sua frente.
Eles correm 7 quilômetros em 40 minutos naquelas condições.
Como seus olhos já se habituaram ao escuro, eles nem acendem as luzes quando retornam para casa.
Jesse vai se aquecer e deita novamente para descansar.
Cerca de 4 horas depois o alarme de Jesse toca e eles saem para outra corrida.
Está 11 graus negativos lá fora, e quando abrem a porta da casa, a neve cai no hall de entrada.
Eles fazem o mesmo percurso de 7 quilômetros da corrida anterior, dessa vez em 38 minutos.
4 horas depois eles vão para outra corrida de 7 quilômetros e, dessa vez Goggins diz que se eles fizerem em menos de 38 minutos eles não precisarão correr novamente daqui a 4 horas.
Eles começam rápido numa subida íngreme, e estão indo bem, até que perto do quilômetro 2 Jesse diz que alguma coisa está errada e pede para Goggins parar o relógio.
Está tão frio que ele não consegue saber ainda o que está errado.
Eles voltam para casa e depois que consegue se aquecer um pouco, Jesse percebe que a dor intensa é de sua virilha, e que é impossível correr.
Goggins então sugere que eles façam flexões.
Eles fazem 10 séries de 30 repetições, com uma minuto de pausa entre as séries.
Jesse diz que essas últimas horas estão sendo, fisicamente, as mais difíceis de sua vida.
Algumas horas depois, já no período da tarde, eles descem para a academia da casa de Jesse.
Sim, a casa dele tem uma academia e também uma sauna.
Eles fazem 20 séries de 20 flexões com um minuto de pausa entre as séries.
São 400 no total!
Jesse está completamente dolorido, e apesar de Goggins querer que Jesse faça mais 300 flexões para chegar a mil ao longo desse dia, Jesse simplesmente não consegue.
E assim termina o feriado de Natal da família Itzler.
Também houve celebrações e o tempo em família, mas foquei aqui na parte dos treinos, que é onde Goggins realmente tirou o melhor de Jesse.
Dia 24
Agora já é o dia 24 da saga de Jesse Itzler e David Goggins.
Às 6:00 da manhã em Connecticut o tempo está péssimo.
Há 40 centímetros de neve no chão, a temperatura é de menos 20 graus celsius e o vento está próximo de 50 quilômetros por hora.
De forma milagrosa a virilha de Jesse acorda melhor.
Na televisão, as notícias dizem para você ficar em casa a menos que seja uma emergência.
Mas Goggins está animado, e diz que isso é perfeito.
E então ele fala para Jesse que eles vão sair.
Eles correm cerca de 5,5 quilômetros nas montanhas.
E goggins faz essa corrida usando o colete que pesa mais de 20 quilos.
Jesse diz que ele está fora de si.
Ele não pode nem mesmo explicar o quão duro está correr nessas condições, ainda mais com um colete que adiciona mais de 20 quilos.
E logo que chegam eles ainda fazem mais de 150 flexões.
Por volta das 9:00 da noite Jesse e Sara, sua esposa, já colocaram seu filho para dormir e estão vendo televisão, quando ela escuta um barulho vindo do porão, e decide checar.
Ela acredita que o gerador se ligou sozinho.
Alguns minutos depois ela volta e diz que o barulho não é do gerador, mas de Goggins pedalando na bicicleta ergométrica que fica na academia.
Dia 25
No dia seguinte, o vigésimo quinto dia, Jesse acorda por volta das 7:00 da manhã e o mesmo barulho ainda continua.
Jesse vai para a academia e Goggins ainda está lá pedalando.
O lugar parece com uma sauna, com as janelas embaçadas e uma poça de suor no chão.
Goggins pedalou a noite toda.
São 10 horas direto.
Pouco tempo depois, às 9:30 Goggins e Jesse partem para mais uma corrida.
Será uma corrida de 8 quilômetros passando por uma subida dura chamada Wanzer Hill.
Quando eles voltam para casa, Jesse reclama que o tendão de seu pé está doendo bastante e seu pé está muito inchado.
Goggins diz:
“Eu tenho uma solução. Vamos entrar no lago e congelar o seu pé.”
E Jesse responde:
“Entrar no lago? O lago está congelado.”
Mas Goggins não cede:
“Eu não estou brincando. Vamos lá.”
Então eles descem correndo os cerca de 300 metros da casa da família Itzler até o lago.
Goggins tira o tênis e pula num buraco no lago que tem tamanho suficiente para que ele entre.
O lago está congelado mas não completamente.
Há partes que ainda não viraram gelo na superfície.
Enquanto Goggins está lá dentro ele diz para Jesse entrar, mas Jesse fica relutante.
Depois de mais insistência de Goggins, Jesse entra com água até os joelhos.
Ele diz que a sensação é como se alguém estivesse cortando suas pernas.
David Goggins diz para Itzler ir mais fundo.
E Jesse desce até sua cintura.
Então, de repente, a expressão de Goggins muda e ele diz:
“Temos cinco minutos até o congelamento. Saia agora! E não toque sua pele no gelo quando sair, ele gruda.”
Goggins diz para Jesse usar seu tênis como luva.
Então eles rastejam até chegar no solo, sem colocar o pé em contato com o gelo.
Depois eles correm ladeira acima até a casa de Jesse, enquanto Goggins grita:
“Nós temos 2 minutos… corra!”
Quando eles finalmente chegam e entram na casa, eles rapidamente tiram as roupas molhadas e se enxugam com toalhas e o que mais encontram pela frente.
Sara está lá, e Jesse diz que nunca a viu tão brava como agora.
Ela grita dizendo que é a coisa mais estúpida que já viu na vida.
Jesse se desculpa, mas não adianta.
Então ela se vira para Goggins e diz:
“Você deveria ter vergonha. Me diga qual é o benefício médico de pular em um lago congelado.”
E David Goggins diz:
“Não há nenhum Sara! É para isso que seu marido se inscreveu! Não há benefício.”
Quinze minutos depois Goggins diz para Jesse que eles precisam aproveitar essa adrenalina.
Então eles fazem 15 séries de quinze flexões a cada minuto, totalizando 225 repetições.
A única coisa que Jesse pensa enquanto faz as flexões é que ninguém acreditaria nessas histórias.
Mas agora ele está tão imerso nesse mundo que ele está abraçando os desafios.
Ele está orgulhoso de tudo que vem fazendo.
Mas nesse dia Goggins simplesmente não para.
Vinte minutos depois, ele vai para o quarto de Jesse e diz que, como faltam poucos dias, ele precisa levar Jesse aos seus limites.
Eles então vão para a sauna à vapor.
Goggins diz para Jesse colocar a temperatura pouco acima dos 50 graus celsius e diz que eles ficarão lá por 30 minutos.
Sem conversa, sem jogar água na cabeça e apenas 350 mililitros de água para beber, o que dá pouco mais de 1 copo.
Goggins diz que isso é para testar a vontade de Jesse.
Eles esperam vinte minutos até que a sauna está adequadamente aquecida.
Eles tiram a roupa e entram.
Para maximizar o efeito, Goggins diz para Jesse se sentar em suas mãos e manter meus braços retos.
Isso forçará as costas a ficarem retas e as cabeças deles ficarão mais próximas do teto do vapor, o que aumenta o calor.
Com 12 minutos, Jesse já tomou toda a água que Goggins permitiu.
Com 20 minutos, Jesse começa a ficar bem mal, seus batimentos estão muito altos e ele está enjoado e superaquecendo.
Ele tenta se concentrar, mas não consegue e a cada segundo se sente pior.
Então ele quebra o silêncio e diz para Goggins que acha que não vai conseguir, se desculpa e sai da sauna.
Jesse se senta numa cadeira fora da sauna, se hidrata com água de coco e demora um tempo ainda até começar a se sentir melhor.
Duas horas depois ele está em seu quarto quando Goggins entra e lhe pergunta se ele está melhor.
Jesse diz que um pouco.
Então Goggins diz para ele sair.
Ele ainda ressalta que Jesse não sabe o que é sofrimento.
Goggins instrui Jesse a fazer uma corrida sozinho lá fora.
Jesse corre cerca de 7 quilômetros num ritmo tranquilo.
Quando ele chega de volta à sua casa, Goggins está esperando sentado do lado de fora comendo uma maçã.
Ele elogia Jesse.
Mas logo diz que antes dele entrar ele precisa fazer 100 flexões, com 10 repetições a cada 30 segundos.
Jesse faz a primeira, mas Goggins diz que não valeu porque Jesse precisa tocar seu nariz na neve.
Mais tarde, por volta das 8:00 da noite Jesse está se preparando para comer, mas Goggins tem mais um treino para ele.
Então eles fazem 12, 8 , 6 e 4 flexões a cada 15 segundos, seguidas de quantos abdominais eles aguentarem em 1 minuto.
Depois descansam 1 minuto e repetem a sequência por 30 minutos.
Jesse termina a série destruído.
Lembrando que esse dia foi ainda mais pesado para Goggins, que passou a noite toda pedalando.
Dia 26
Chegamos ao dia 26.
Goggins e Jesse ainda estão na casa do lago em Connecticut e, nessa manhã, partem para o percurso de 7 quilômetros nas montanhas que já fizeram algumas vezes.
Nesse dia Jesse está inspirado e faz seu recorde pessoal ali, 35 minutos e 17 segundos.
Quando voltam, eles se encontram na sala, e Jesse pergunta o que Goggins faria se um intruso invadisse a casa.
Goggins responde que ele protegeria o primário a qualquer custo.
E ele diz que Jesse seria sua terceira opção.
Nesse caso, a principal preocupação de Goggins seria proteger o filho e a esposa de Jesse.
Depois Jesse resolve alguns assuntos pessoais e, mais tarde, eles partem para uma corrida.
Assim como pela manhã, Jesse se sente muito bem, e eles correm 8 quilômetros dessa vez.
Dia 27
Às 8:00 da manhã do dia seguinte Goggins diz que esse é o dia em que todo o trabalho duro valerá a pena.
Ele então diz que verá se Jesse consegue fazer mil flexões ao longo do dia.
Então eles fazem 10 séries de 10 flexões, com 30 segundos de intervalo entre as séries.
2 horas depois eles fazem o tradicional 1-18, que consiste em subir o número de repetições de cada série, começando com 1 e subindo até 18 e depois complementam com uma série de 29, totalizando 200 flexões em 8 minutos e 58 segundos.
Uma hora depois eles repetem a mesma sequência, somando mais 200 flexões, dessa vez em 8 minutos e 30 segundos.
Depois dessa sequência Jesse começa a se sentir mais cansado e dolorido.
3 horas depois eles repetem a sequência 1-18 mais 29 flexões, somando mais 200 repetições.
Por volta das 16:00 eles fazem 4 séries de 25 flexões, seguidas por 1-18, depois 1 série de 15 e outra de 14, totalizando 300 flexões.
Jesse diz que essa série é completamente brutal.
Seus braços tremeram muito e seus tríceps estavam explodindo.
Mas ele finaliza a série, completando as mil flexões num único dia.
Jesse se sente realmente orgulhoso de si mesmo.
Mas de acordo com ele, para Goggins, assim que um objetivo é alcançado, é hora de escolher o próximo objetivo.
E o trabalho deles ainda não terminou.
Então eles saem à noite para mais uma corrida, de 5,5 quilômetros dessa vez.
Depois Jesse vai descansar e Goggins vai para seu quarto, e faz 25 flexões a cada 10 minutos até meia noite.
Enquanto Jesse fez mil flexões esse dia, David Goggins finaliza o dia com 2.500 flexões.
Jesse o chama de superhumano.
Com condicionamento físico não há uma linha de chegada.
E Jesse diz que nunca imaginava que um dia seria capaz de completar mil flexões num único dia.
Isso simplesmente mostra que repetição e consistência levam a resultados sólidos.
Como exemplo, posso dizer que é exatamente isso que tento replicar aqui.
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Dia 28
Chegamos agora ao dia 28.
Nesse dia eles saem às 7:00 da manhã para uma corrida de cerca de 13,5 quilômetros, num terreno difícil e montanhoso.
Eles completam em pouco mais de 1 hora e 15 minutos, e Jesse se sente empolgado.
Então Goggins diz que eles devem aumentar a aposta.
E eles se preparam para ir novamente até o lago.
Só que dessa vez não há buracos.
Há cerca de 15 centímetros de gelo sólido.
Há até algumas crianças jogando hóquei sobre o lago.
Quando eles sabem que Sara, esposa de Jesse não está olhando, eles vão para lá.
Goggins pega um pedra enorme e começa a bater no gelo, para quebrá-lo e chegar até a água.
As criaças param de jogar hóquei e vão para terra firme, enquanto assistem Goggins quebrar o gelo.
Ele então entra no buraco que abriu dentro do lago.
Jesse também entra.
Eles repetem isso 2 vezes e depois correm para a casa dos Itzler para se aquecer.
Jesse diz que ainda está congelando, mas que a sensação é maravilhosa.
Quando chegam na casa, Sara está parada na porta, e encara os 2 sem dizer uma palavra.
Logo depois Goggins vai para a esteira correr.
No fim da tarde mais uma sessão de exercícios.
Dessa vez eles fazem 10 séries de 10 flexões a cada 30 segundos.
Depois fazem uma pirâmide de flexões, subindo de 1-10 e depois descendo de 10-1.
Eles completam com 3 séries de 30 repetições, totalizando 300 flexões.
À noite, quando estão no quarto arrumando as coisas para irem para Atlanta no dia seguinte, Sara diz para Jesse que Goggins foi o melhor hóspede que eles já receberam em sua casa.
Ele simplesmente não precisa de instruções para nada, era atencioso e educado.
Ela até diz para Jesse que está pensando em começar a fazer uma rotina de exercícios com Goggins também.
Ela só diz para Jesse não esperar que ela irá entrar num lago congelado.
Dia 29
Estamos agora no dia 29.
Nesse dia, os Itzler e David Goggins irão para uma viagem rápida para Atlanta, novamente para acompanhar o andamento da reforma da casa que eles possuem na cidade.
Mas antes do voo Jesse e Goggins partem para uma corrida de 17 quilômetros em terreno montanhoso, indo até um restaurante na Rota 22.
Nesse dia Goggins está com pressa e, logo no começo da corrida, Jesse fica para trás.
Goggins completa a corrida 18 minutos mais rápido que Jesse, que leva 1 hora e 36 minutos para fazer o percurso.
Cerca de 1 hora e meia depois Jesse lembra Goggins que eles devem ir para o aeroporto em algumas horas, e que Sara ficará brava se eles se atrasarem.
2 minutos depois Goggins diz para Jesse ir para a esteira e o faz andar de forma acelerada por 20 minutos numa inclinação de 15 graus.
Depois Jesse ainda faz 3 barras a cada 45 segundos pelos próximos 10 minutos e, para finalizar, são 10 flexões a cada 30 segundos pelos próximos 10 minutos.
Depois disso, eles vão para Atlanta.
Ainda nesse dia há um incidente na casa dos Itzler em Atlanta.
2 jovens aparentemente mal intencionados aparecem na casa da família, fazem uma arruaça no jardim e começam a fazer perguntas estranhas, querendo saber quem é o dono da casa, e com piadas de mal gosto.
Jesse finge que é um convidado e chama Goggins para “recepcionar” os rapazes.
Vinte minutos depois Goggins retorna, dizendo que explicou a eles que era o dono da casa e que, se eles voltassem, garantiria que eles nunca mais conseguiriam andar.
Em seu telefone Goggins mostrou algumas fotos para Jesse, mostrando a “lição” que havia dado nos 2 vândalos.
Além de ser o dia 29 de Goggins morando com Jesse, esse também é o último dia do ano de 2010.
Então depois da rápida visita à Atlanta, eles voltam para Connecticut para passar o ano novo.
Os Itzler receberam uma série de amigos para o jantar e todos estão dizendo seus objetivos para o ano seguinte.
Jesse está curioso a respeito do que Goggins irá dizer.
Enquanto a vez dele não chega, outras pessoas falam sobre seus objetivos, como largar o emprego e começar um negócio, ou se mudar para a Califórnia, por exemplo.
Quando chega na vez de Goggins, todos ficam em silêncio.
E ele diz:
“Eu não quero a mesma coisa que vocês querem. Não estou procurando mais nada. Eu vou fazer a mesma coisa que eu tenho feito, só que eu vou fazer melhor.”
Então Goggins se levanta, pede desculpas e desce para a academia para pedalar.
Quando ele retorna mais tarde os amigos de Jesse começam a fazer perguntas para ele, formando um círculo em torno de Goggins, que ainda está suando de seu treino na bicicleta.
Dia 30
No dia seguinte já é 2011, e Goggins deu a manhã de folga para Jesse.
Eles retornam de Connecticut para Nova York.
E eles sabem que Goggins irá partir no dia seguinte.
Então eles vão para o último treino juntos, que será a tradicional volta de cerca de 10 quilômetros pelo Central Park.
Dessa vez eles correm num ritmo bem melhor que no primeiro treino deles juntos, o que mostra a evolução de Jesse nesse período treinando com Goggins.
Mas assim como nos outros treinos, eles quase não conversam.
Não há também um teste final, um parabéns de Goggins para Jesse nem nada do tipo.
Durante a noite nada de especial também.
A família Itzler e David Goggins jantam juntos, Goggins brinca com Lazer, filho de Jesse e conversa com Sara também.
Apesar de tentar não transparecer, Sara e Jesse estavam chateados que o tempo que passaram com Goggins estava chegando ao fim.
Dia 31
No dia 31, Jesse acorda por volta das 8:00 da manhã e vai para o quarto em que Goggins dormia, mas ele não está mais lá.
O quarto está impecável, exatamente como estava antes dele chegar.
Então Jesse vai para a cozinha, e vê um bilhete deixado por Goggins, que diz:
“Ei cara, obrigado.”
E é só isso, sem um adeus, sem despedidas, sem nada.
Apesar de Goggins não ter deixado vestígios no quarto, suas marcas estão por toda a casa.
Por exemplo, todo quarto agora tem um extintor de incêndio e uma lanterna.
Jesse, Sara e Lazer agora tem trajes de fogo, caso o prédio estiver em chamas.
E, além disso, atrás do bar ainda há uma mochila inflável que se transforma em um bote salva-vidas com remos e um motor acoplável, caso aconteça um desastre parecido com o 11 de setembro.
David Goggins também deixou uma grande marca em Jesse Itzler.
Ele nunca foi tão forte e rápido, tanto fisicamente como mentalmente.
Mas estar numa forma excelente foi apenas parte do que Goggins fez para ele.
Jesse tem casas, motorista, voa em jatos privados e tudo o mais que o dinheiro pode comprar.
Goggins tem uma identificação militar e um pouco de dinheiro.
Mesmo assim, Goggins não queria nenhuma parte da vida de Jesse.
Ele é um minimalista, e Jesse também aprendeu com isso.
Agora Jesse também está tentando reduzir suas coisas e viver uma vida mais simples e prática.
Jesse diz que contratou Goggins porque queria entrar na melhor forma de sua vida e também, porque gosta do inesperado.
Ele ainda diz que recebeu em troca muito mais do que pagou a Goggins.
De acordo com Jesse, talvez a coisa mais importante que aprendeu com Goggins foi o quanto ele aprecia a dificuldade.
Quanto mais difícil for o treinamento, mais coragem será necessária e mais satisfação será obtida.
Para Goggins, quanto mais difícil for, mais você se sente vivo.
Ele vive sua vida dessa forma.
E um pouco disso ele passou para Jesse Itzler.
Nesse vídeo, também quero te mostrar alguma reflexões de Jesse Itzler a respeito dos 30 dias que David Goggins morou com ele e sua família.
Antes desse período, Jesse procrastinava em muitas ocasiões, mas ele deixou de pensar e agir assim.
Agora ele simplesmente faz o que deve ser feito.
Ele sabe que David Goggins não dá desculpas, independente da hora, temperatura ou cansaço.
Então Jesse absorveu um pouco dessa mentalidade e atitude.
Sua perspectiva a respeito do tempo também mudou.
Agora Jesse diz ser bem mais produtivo, e que enquanto Goggins estava com ele, ele aprendeu a fazer mais em menos tempo.
E também aprendeu a ter gratidão sobre coisas aparentemente banais, como ser grato por estar em um ambiente confortável e coisas do tipo.
Ele diz que Goggins tem uma atitude de não se importar muito com as coisas, o que o torna realmente diferente.
Ele não vive do jeito que outras pessoas acham que ele deve viver.
Ele faz o que quer, e faz com verdadeiro propósito.
Jesse o admira por isso.
No primeiro dia que Goggins foi morar na casa da família Itzler, ele disse a Jesse que ele precisava controlar sua mente.
Jesse pensou que era apenas um ditado ou algo do tipo, mas agora ele acredita que pode haver mais verdade do que ele pensava nisso.
Às vezes, nossas mentes nos dizem pequenas mentiras sobre nós mesmos, e nós acreditamos nelas.
Achamos que não podemos fazer isso ou aquilo.
Mas isso não é verdade, nós podemos.
O que aconteceu depois
Para você que acompanhou o vídeo até aqui, deve se perguntar se Goggins e Jesse se viram de novo após esse período de 30 dias morando juntos.
E a resposta é que sim.
Alguns meses depois que Goggins se foi da casa dos Itzler, Jesse e Sara fizeram uma viagem rápida de férias para as Bahamas.
Jesse convidou Goggins para se juntar a eles.
E Goggins foi.
Como de costume, ele não levou uma mala, mas levou uma bicicleta e um rolo de treino, que você encaixa a bicicleta para pedalar parado, tornando a bicicleta uma espécie de bicicleta ergométrica.
Goggins disse que levou esses equipamentos para pedalar algumas centenas de quilômetros.
Jesse perguntou se ele iria pedalar na ilha, mas Goggins disse que não, que ele iria pedalar no quarto.
Eles ficaram lá por 3 dias, e Goggins colocou uma placa de não perturbe e nem mesmo saiu de seu quarto.
Um dos cenários mais bonitos do mundo lá fora e Goggins passou esse tempo pedalando em seu quarto.
Ele disse que estava treinando para o Race Across America, uma corrida de bicicleta que cruza os Estados Unidos de ponta a ponta.
Cerca de um ano depois, Goggins liga para o escritório de Jesse em Nova Iorque e diz que está na cidade para algumas reuniões.
Jesse pergunta se ele quer encontrá-lo, mas Goggins diz que não quer atrapalhar.
Quando Jesse pergunta onde ele vai se hospedar, David Goggins diz que irá dormir no Central Park.
O “detalhe” é que está nevando e a temperatura é de -10 graus celsius.
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Um forte abraço!