O Homem Mais Rico do Mundo | Jeff Bezos e a História da Amazon | Parte 1

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Na data em que gravo esse vídeo, em 2020, Jeff Bezos é o homem mais rico do mundo, e sua empresa mais conhecida, a Amazon, está entre as empresas de maior valor de mercado do mundo também, ao lado de gigantes como Google, Apple e Microsoft.

Aqui é o André do Você Top e nesse vídeo trago para você a parte 1 da história de Jeff Bezos, o homem que revolucionou o comércio eletrônico.

Nos próximos dias será lançada segunda e última parte da história dele.

Ele nasceu em 12 de janeiro de 1964, na cidade de Albuquerque, nos Estados Unidos.

Seu nome era Jeffrey Preston Jorgensen, mas sua mãe se divorciou do seu pai e se casou novamente.

Seu padrasto o adotou e seu sobrenome foi alterado para Bezos aos 4 anos.

O padrasto de Jeff, Mike Bezos, nasceu em Cuba, e foi para os Estados Unidos sozinho aos 15 anos de idade.

Depois que se casou com a mãe de Jeff, a família mudou-se para Houston, no estado do Texas, onde Mike se tornou engenheiro de uma empresa de petróleo e gás.

Jeff demonstrou um talento precoce para a mecânica desde muito cedo.

Entre seus “feitos”, ele desenvolveu um alarme elétrico para manter os irmãos mais novos fora de seu quarto.

Os pais de Jeff até transformaram a garagem da casa em que moravam numa espécie de laboratório para seus projetos científicos.

Quando Jeff estava no ensino médio, a família foi morar em Miami, no estado da Flórida.

Na época, Jeff Bezos tinha um grande interesse por computadores e se destacou bastante academicamente, ganhando prêmios na escola e se formando como orador de sua turma.

Com seu excelente desempenho, ele conseguiu uma vaga na famosa e prestigiada Universidade de Princeton.

Bezos planejava estudar física na faculdade, mas logo mudou de ideia e acabou se formando com dois diplomas, em ciência da computação e engenharia elétrica.

Depois de se formar, ele trabalhou por alguns anos no mercado financeiro, em Wall Street, em empresas como Fitel, Bankers Trust e DE Shaw.

Nesta última, se tornou o mais jovem vice-presidente sênior da empresa e conheceu Mackenzie Tuttle, que se tornou sua esposa em 1993.

O casal teve 3 filhos e adotaram uma menina na China.

Eles acabaram se divorciando em 2019.

Apesar de ter uma carreira de sucesso no mercado financeiro, Bezos não se contentou.

Enquanto navegava na internet em busca de novos empreendimentos para a empresa em que trabalhava, Bezos viu uma estatística de que a Internet estava crescendo 2.300% ao mês.

Isso o fez enxergar um enorme potencial de crescimento do qual ele queria fazer parte.

Bezos entendeu imediatamente as perspectivas de vender produtos online.

Assim, em 1994 ele deixou seu emprego e se mudou para Seattle.

A escolha da cidade foi devido à enorme quantidade de talentos na área de tecnologia.

Inicialmente, Bezos abriu uma uma livraria online.

Essa decisão foi tomada a partir de uma lista de possíveis produtos que ele poderia vender via Internet, incluindo CDs, software e hardware.

Depois de toda sua análise, os livros foram escolhidos pela grande variedade de títulos existentes.

No começo de seu novo negócio, Bezos passava boa parte de seu tempo traçando um plano de negócios e conversando com possíveis investidores.

Ele conseguiu arrecadar US$ 1 milhão com sua família e amigos, o que foi o suficiente para montar seus negócios na garagem de sua casa em Seattle.

O primeiro nome da empresa foi “Cadabra”, mas algum tempo depois, buscando por alternativas, o nome da empresa foi alterado para Amazon, em alusão ao Rio Amazonas, o mais longo do mundo.

Jeff e sua então esposa MacKenzie montaram tudo em sua casa de dois quartos.

As mesas de trabalho da Amazon foram feitas com portas que Jeff Bezos pagou US$60.

As reuniões da equipe da Amazon aconteciam na livraria local da rede Barnes & Noble, e quando Bezos e sua equipe conseguiram colocar a Amazon para funcionar online, convidaram 300 pessoas para testarem.

O teste foi um sucesso, e o site foi lançado ao público em 16 de julho de 1995.

E a Amazon já começou muito bem, em apenas um mês já tinham vendido livros em todos os 50 estados americanos e em 45 países estrangeiros.

2 meses após o lançamento, as vendas da Amazon já giravam em torno de US$ 20 mil por semana.

Bezos estava determinado a tornar a Amazon um gigante, e começou a recrutar grandes talentos, incluindo executivos da concorrente Barnes & Noble, da empresa de software Symantec e ainda executivos da Microsoft, como por exemplo Joel Spiegel e David Risher.

Com uma equipe extremamente qualificada, Bezos acreditava que a Amazon poderia se tornar uma empresa de US$ 1 bilhão até o ano 2000.

Para injetar recursos necessários ao crescimento acelerado, ele queria abrir o capital da empresa, o que não apenas aumentaria a confiança do cliente, mas também superaria outras livrarias que logo também deveriam entrar no mercado online para serem concorrentes da Amazon.

A maior ameaça nesse sentido era a grande Barnes & Noble, que teve vendas estimadas em US$ 2 bilhões em 1996, enquanto a Amazon, ainda em seu início, vendeu cerca de US$ 16 milhões no mesmo ano.

Os irmãos Riggio, que eram os donos da Barnes & Noble, foram até Seattle para discutir um acordo comercial com Bezos e um diretor da Amazon.

Os Riggios foram duros e anunciaram que planejavam abrir seu próprio site.

Eles ofereceram algumas colaborações, incluindo a criação de um site juntos e o licenciamento da tecnologia da Amazon.

Bezos e seu diretor disseram que iriam pensar a respeito.

Enquanto a Barnes & Noble estava estruturando seu site para venda de livros, Jeff Bezos e o primeiro CEO da Amazon, Joy Covey viajaram pelos Estados Unidos e Europa para apresentar a Amazon a potenciais investidores.

A essa altura, a Amazon tinha um histórico sólido, com milhões de vendas em três anos de operação, e um armazém e inventário único de fácil acesso, enquanto seus concorrentes tinham produtos espalhados pelas lojas em todo o país.

Boa parte dos potenciais investidores perguntavam se a Amazon iria expandir para outras categorias, mas na época Bezos dizia que se contentava com os livros.

Apesar de querer obter o dinheiro para a oferta pública de ações, que seria usado para expansão da empresa, Jeff Bezos deixava de revelar alguns pontos valiosos com investidores, até porque não queria que seus concorrentes seguissem seus passos.

Na época, a visão do mercado era de que, quando a Barnes & Noble entrasse na venda de livros online, a Amazon ficaria para trás.

No dia 12 de maio de 1997 a Barnes & Noble entrou com uma ação contra a Amazon pelo fato da empresa de Bezos alegar ser a maior livraria do mundo.

Mas isso acabou gerando mais atenção para a Amazon, que estava no processo de abertura de seu capital.

Em 15 de maio de 1997, a Amazon conseguiu fazer sua oferta pública de ações na Nasdaq, arrecadando US$ 54 milhões e tendo seu valor de mercado avaliado em US$ 438 milhões.

No ano de 1997 a receita da empresa subiu mais de 900%.

As 2 empresas passaram a disputar de forma intensa quem se destacava mais na venda de livros pela internet, mas Bezos foi além e conseguiu expandir a venda de produtos da Amazon, o que a colocou a frente nessa disputa.

Bezos foi considerado a pessoa do ano pela famosa revista Time no ano de 1999.

Ao mesmo tempo que a Amazon crescia, outra empresa de comércio eletrônico também ganhava bastante espaço no mercado.

Essa empresa era o EBay.

Ao contrário da Amazon, que ainda não gerava lucro com sua operação, o Ebay era lucrativo desde os primeiros anos, e seu faturamento crescia rapidamente, saindo de US$ 5,7 milhões de 1997, para US$ 47,4 milhões em 1998 e US$ 224,7 milhões em 1999.

O modelo de negócios era excelente, basicamente o eBay cobrava uma pequena comissão por cada venda, e os vendedores eram pessoas reais.

Não havia necessidade de armazenar estoques, enviar pacotes nem nada do tipo.

O site caminhava a passos largos para se tornar a loja online que vendia de tudo, algo que o dono da Amazon sempre desejou.

Jeff Bezos chegou inclusive a se encontrar com o fundador do eBay, Pierre Omidyar, e a CEO Meg Whitman em Seattle no ano de 1998, depois do eBay abrir o capital da empresa.

Os executivos discutiram várias maneiras de trabalhar de forma conjunta, mas não chegaram a um consenso.

O fundador e a CEO do EBay tinham planos extremamente ambiciosos para a companhia, assim como Bezos para a Amazon.

Jeff Bezos não desistiu, e continuou buscando ampliar a lista de produtos vendidos pela Amazon.

Em 2002, ele adicionou vendas de roupas, em 2003, artigos esportivos, e a Amazon passou a vender uma variedade cada vez maior de coisas, fazendo parcerias com diversos varejistas.

A Amazon também lançou o serviço Amazon Prime, que oferecia frete grátis e entrega em 2 dias no território norte-americano de produtos vendidos pela empresa, a um custo anual de US$ 79.

O sucesso do Prime distanciava ainda mais a Amazon de seus concorrentes.

Continuando o perfil inovador da empresa, em 2007 foi lançado o leitor digital Kindle, que aumentou consideravelmente o consumo de livros digitais em todo o mundo.

O aparelho ajudou a Amazon a garantir 95% do mercado americano de livros até a Apple lançar o iPad em 2010.

Como resposta, Bezos reduziu o preço do Kindle e adicionou novos recursos.

Além disso, no ano seguinte, em 2011, a Amazon decidiu concorrer com a Apple e lançou o Kindle Fire, um tablet que tinha como objetivo competir diretamente com o iPad.

Além de comércio eletrônico, a Amazon também possui um serviço de streaming semelhante a Netflix e possui um amplo conjunto de serviços de computação, como armazenamento, banco de dados e outros.

O preço por ação da Amazon cresceu de US$ 18,00 em 15 de maio de 1997, quando abriu seu capital, para incríveis US$ 2.675,01 em 19 de junho de 2020, uma valorização de quase 150 vezes.

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Nos vemos na segunda parte da história de Jeff Bezos, em que será explorada a mentalidade de Bezos e alguns de seus outros negócios.

Um abraço!

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