Quando David Goggins e um Astro da NBA se Encontram – Vivendo com um SEAL 2

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Esse é o segundo vídeo da série que trata sobre o livro Living with a Seal, baseado na experiência que Jesse Itzler teve ao morar com David Goggins durante 30 dias.

Se você ainda não assistiu o primeiro vídeo, pause esse aqui e vá para a playlist Vivendo com um Seal aqui do canal Você Top.

Lá os vídeos estão organizados em sequência.

Depois do primeiro dia de treino com Goggins, Jesse Itzler já estava dolorido.

Mesmo assim, Goggins disse para ele colocar o despertador para as 6:30 da manhã, para uma corrida matinal.

Eles vão para o Central Park em Nova Iorque, onde Jesse mora, e correm 10 quilômetros.

E a corrida ocorre em silêncio absoluto.

Goggins não fala nada, e Jesse começa a se questionar do porque Goggins age assim.

Se o seu silêncio permanecer pelos 30 dias que Goggins passará em sua casa, será algo bem estranho e desconfortável.

Nesse dia, Jesse tem uma reunião de negócios em Boston, de um projeto que envolve uma marca de água de coco em que ele está investindo.

Nessa reunião ele encontra Kevin Garnett, que na época era uma das estrelas do time de basquete da NBA Boston Celtics.

David Goggins é a sombra de Jesse nesses 30 dias, e também vai à reunião.

Kevin Garnett, ao invés de discutir sobre o negócio de água de coco com Jesse, fica intrigado com Goggins e faz perguntas de todo o tipo para ele, coisas como:

“Quantas milhas você corre por dia?

Pesos ou treinamento de resistência?

Limiar anaeróbico?

Composição do corpo?

Frequência cardíaca máxima?

Seu VO2?”

Basicamente Garnett e Goggins falam sobre exercícios durante horas, enquanto Jesse fica apenas sentado ouvindo.

Ao final da reunião, o astro do basquete se vira para Jesse e diz:

“O que quer que vocês façam, eu quero entrar.”

Quando saem da reunião, o tempo está muito ruim, com uma tempestade de neve à vista.

Então ao invés de irem para o aeroporto para voltarem à Nova Iorque, Jesse decide ficar num hotel em Boston até o dia seguinte.

Ele pensa em descansar e pedir algo para comer, mas Goggins tem outros planos.

A temperatura em Boston é de 8 graus negativos, mas mesmo assim eles saem para mais uma corrida de 10 quilômetros, a segunda do dia, e dessa vez com um agravante, está nevando.

Mesmo com essa corrida noturna em condições adversas, às 5:00 da manhã do dia seguinte, o telefone do quarto de Jesse toca.

Do outro lado da linha está David Goggins, que simplesmente diz “Está na hora.”

Porém, como Itzler não trouxe mais roupas, ele diz para Goggins que não pode correr porque não trouxe outra cueca e suas roupas de treino estão completamente molhadas da corrida da noite anterior.

Mas a resposta não é exatamente o que ele queria ouvir.

Goggins diz que ele não pode correr sem pernas, mas sem roupas ele pode.

Então Jesse pega suas roupas molhadas e vai, sem a roupa íntima dessa vez.

Eles saem do hotel correndo mais rápido que nos dias anteriores e ainda no escuro.

Pelo atrito das roupas molhadas e por não estar usando uma cueca, no meio da corrida as partes íntimas de Jesse começam a sangrar, e para piorar, eles extendem o treino de 10 para 13 quilômetros dessa vez.

Eles passam boa parte desse terceiro dia na logística entre hotel, aeroporto, avião e retorno para Nova Iorque.

E à noite, mais uma vez saem para outra corrida de 10 quilômetros pelo Central Park.

Jesse fica intrigado em como Goggins faz todas essas corridas com a mesma roupa, se questionando como ele consegue secar as roupas entre os treinos.

Cerca de 30 minutos depois do fim da corrida Jesse passa no quarto em que Goggins está para perguntar se ele está bem e se precisa de alguma coisa, afinal, ele quer ser um bom anfitrião.

Mas Goggins não parece estar nada feliz, e diz para Jesse pegar uma cadeira, a mais desconfortável que ele puder encontrar e voltar ao quarto.

Ele pega uma cadeira de madeira, sem apoio para os braços, e Goggins também diz para ele pegar um cobertor.

O que David Goggins quer é tirar Jesse Itzler de sua zona de conforto e, dessa vez, o que ele precisa fazer é dormir nessa cadeira.

A esposa de Jesse, Sara, acha a ideia bem estranha e não acha que ele deveria dormir ali, argumentando que ele é um pai de 42 anos.

Mas Jesse decide encarar o desafio.

Agora vou te contar uma história interessante da primeira vez que Sara viu David Goggins.

Isso foi antes dele se hospedar na casa da família Itzler, mas depois que Jesse havia feito o convite para Goggins ficar em sua casa.

Jesse queria correr a Badwater, a famosa ultramaratona de mais de 200 quilômetros pelo Vale da Morte do Deserto de Mojave, num calor de mais de 50 graus.

Então ele foi com a esposa para assistir a prova para ter uma ideia de no que estava se metendo.

Ao chegarem no local da prova, dirigiram um pouco para encontrar os participantes ao longo do percurso.

E estava tão quente, que inicialmente Sara preferiu ficar no ar condicionado ao invés de sair do carro.

O que Sara achava que veria seria super atletas que aparentariam estar em ótima forma física, mas para ela, o que viu parecia ser um monte de cientistas loucos em shorts de corrida.

De acordo com ela é como se colocassem noventa pessoas de um manicômio em um ônibus, as levassem para o deserto, tocassem um apito e elas corressem por dois dias.

Mas ali, no meio do deserto, um dos participantes chamou a atenção de Sara.

O cara parecia ser uma máquina.

Ele olhava para a frente como se não houvesse nada em seu caminho e corria.

Seus músculos eram como um trem de locomotiva.

Quando ele passou por Jesse e Sara, ela começou a dar gritos de incentivo e, apesar de não ter nenhum outro corredor a menos de um quilômetro deles, ele nem reagiu.

Sem obrigado … sem um sorriso … sem nada.

Quando foram assistir, Jesse já sabia que Goggins seria um dos participantes do evento.

Sara ficou intrigada por aquele corredor nada convencional e bem diferente dos demais e perguntou a Jesse o que foi aquilo.

E alguns meses depois, “aquilo” se mudou para a casa deles.

Só para lembrar, nessa época Goggins era bem mais musculoso e pesado que atualmente, em que tem um corpo mais leve.

Então ele realmente era bem diferente dos demais ultramaratonistas.

Continua…

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